sábado, 19 de novembro de 2011

Pretenso post poético


Completamente anos 80.
Completamente Paris.
Subway.

E o Centro da Cidade
em sábados nublados
beira `a perfeição.

Lembranças boas.

Rio de Janeiro, eu te amo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Petróleo, Royalties e Rio de Janeiro


Este post não é bairrista. Apenas apela para a inteligência. E bom senso. Coisa que nem sempre gera debate.

Tomamos a luta pelos royalties como um embate político. Mas vai muito além. E o Rio de Janeiro e os Estados produtores tem todo o direito, e dever, de lutar por uma divisão dos royalties que seja justa. E o correto é manter uma parcela maior com os Estados produtores.

Royalties não são meros impostos. Royalties são indenizatórios. Compensatórios. A definição do petróleo, atribuída ao ex Ministro venezuelano Juan Pablo Peres Afonso, é lapidar. "O excremento do diabo".

Por onde o petróleo passa, junto com o rastro da possibilidade do desenvolvimento, vem uma quantidade maior de problemas. Que vão desde a possibilidade de desastres, como o impacto social das demandas provocadas por inchaços de Cidades.

Então gritar pelos royalties não é coisa de carioca/fluminense. Não é algo apenas de responsabilidade deste ou daquele Governo. Não é um ato de Governo ou de governos. Vai muito além de lutar por um orçamento forte. Coisa que todo Governo gosta. Lutar pelos royalties é lutar pela justiça.

Foi oportunista quem teve a idéia. E é coisa de gente pouco séria dar prosseguimento a uma distribuição, onde a palavra "igualitária" nunca foi tão desigual ou injusta.

A União tem sua parcela de tributo, então que aumente a distribuição. Estes royalties não são para transformar o Rio de Janeiro em uma Ilha da Fantasia, mas sim para indenizar os problemas do rastro sujo do petróleo.

Exemplo dado hoje nas capas dos Jornais. A foto que ilustra este post.

A Chevron, mais uma vez a Chevron, trouxe um desastre ambiental para o Rio de Janeiro.

Bem ilustrativo, mexer com os royalties e ser igualitário é ser desigual com quem produz e arca um ônus deste "excremento do diabo".

E se os deputados e senadores resolverem perseguir o Rio de Janeiro, sugiro a quebra do pacto federativo e que o Rio de Janeiro declare sua independência de Brasília e se insira como membro da OPEP.
Claro que isto é uma brincadeira. Quem ama não se separa. E o Rio ama e resume o Brasil.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Futebol, Brasil e o Flamengo


Depois eu falo de Londres. Hoje eu quero falar de futebol.

Falar do Flamengo.


Não. Não sou rubro-negro. Em que pese no primeiro Fla-Flu de minha vida, onde o Flu ganha, se me lembro de 3 ou 4, eu, ao lado de toda diretoria do Flu, tive a ousadia de berrar "Mengo!". Mas não era flamenguismo, era ser do contra. Ser gauche.


Por ter crescido numa família Flaminense, nunca me senti apaixonado por nenhum time. Mas sim pelo futebol. E, pela história de cada time. De cada título. E o Flamengo que eu conheci. O Flamengo da história, não era o Flamengo do time genial do Zico e Cia que caminhava a frente dos demais. O Flamengo de verdade, da história, era um time que se superava. Era um time onde a torcida, a estrela. Não tinha os talentosos assombrosos de um Botafogo de Didi, Garrincha e Nilton Santos. Sim, que me desculpem os craques rubro-negros do passado, mas eles não eram gênios, Deuses assombrossos do futebol. Mas juntos pareciam times mágicos. Capazes de derrotar adversários mais fortes. E desta teoria surge a magia da camisa e frases feitas cabotinas como "Deixou chegar, agora é nossa...".


Assim eu vi o Flamengo. Onde a arrogância da torcida era compreendida porque ela sabe que faz a diferença. E como sabe. Só foram sempre vitoriosos com uma equipe superior apenas naquele momento dos anos 80. No mais era a equipe da superação. Capaz de fazer o mais fraco vencer o mais forte. Mas sem apelar para um coitadismo. Pelo contrário, usar a força dos que querem a vitória. Foi assim na final de 92 e em diversos outros momentos de orfandade de talento como de um Zico ou de um Ronaldinho Gaúcho.


Assim eu vi o Flamengo. Um time de superação. Não de estrelas. De força de uma camisa. De contrariar matemáticos e teorias. E este ano de 2011, entendam, o Vasco é o Flamengo.