sábado, 29 de março de 2008

São Paulo não tem cara de sábado



O Bussunda, ao ser perguntado, numa daquelas entrevistas idiotas, o lugar mais estranho aonde havia feito amor, sem titubear respondeu: -"São Paulo".

Uma cidade estranha. Com certeza. Meio caipira. Meio cosmopolita. Meio Méier, meio Nova Iorque. Como uma pizza metade caviar beluga do Mar Cáspio/metade calabreza com queijo de coalho. Um sem nexo que dá certo. No caso de São Paulo. A pizza prefiro não experimentar.

Com japonesas louras e outras coisas que você só encontra em Nova Iorque ou Londres. Ainda tem algo bem interessante - menos de uma hora de São Sebastião do Rio de Janeiro.

O som é do "Premeditando o breque". Antes destas fusões serem rotineiras e assumir o brega como estética ser moda, eles já faziam isto. E com maestria. Viva o Premê. Viva São Paulo.

sexta-feira, 28 de março de 2008

200 anos da Família Real, um novo Halley



Quem viveu os anos 80 se lembra de um grande mico. Em 1986, por ocasião da passagem do Cometa de Halley, uma série de produtos, especiais de tv e toda sorte de licenciamento foram elaborados pela espera do Cometa. A passagem do cometa foi pífia.

Depois de 22 anos, um novo cometa de Halley: os 200 anos da chegada da Família Real.
Falou-se muito. Esperou-se muito e até agora nada. Ou muito pouco.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Chico Buarque espanhol - Victor Manuel

Post musical, altamente ibérico. Do Show de Victor Manuel con Ana Belén. Um Cd que eu considero básico para quem quer ouvir o pop mundial, e entender um poucos dos últimos 30 anos da dita world music. "Soy un corazon tendido al sol", uma obra prima. Tô cafona, eu sei. Por mais que a Espanha fique barrando brasileiros em Barajas, uma homenagem a um País que é mais que tourada, presunto, turismo e Real Madrid.

Uma "aula de vida" este verso da canção popular:

"Aunque soy un pobre diablo
se dos o tres cosas nada mas
se con quien no debo andar
tambien se guardar fidelidad
se quienes son amigos de verdad


se bien donde estan
nunca piden nada y siempre dan... "




Minha canção, minha diva

Bom estes posts absolutamente pessoais.
Penso que se vier a ter mais uma filha,(seja gente, gato, ou "cã"), o nome seria(será) Nina. Numa reverência - pois para mim nome é reverência ou referência - a Nina Simone. Minha diva. Minha canção. Desde os tempos de Peter Tosh. Aqui na voz da minha Diva.

Este post é apenas para ouvir. E vale.
E como o mundo anda globalizado, dispensa tecla SAP.

"Oh, sinner man, where you gonna run to?
Oh, sinner man, where you gonna run to?
Oh, sinner man, where you gonna run to?
Oh, sinner man, where you gonna run to all on that day?..."

A gente tá sempre correndo. Sempre viajando. Sempre fugindo. De quem? De nós mesmos.A gente que as vezes não nota. Ou se nota, finge não notar. Temos por acaso perseguidores mais implacáveis que nós mesmos?

terça-feira, 25 de março de 2008

Jogos Mágicos

Sobre futebol fiquei devendo o texto sobre torcidas cariocas, vou escrever, amigo Bacelar. Vou escrever. Não precisa me mandar mais e-mail sobre isto. Ok?

Bem, eu resolvi postar sobre os jogos que eu mais me culpo de não ter visto ao vivo.

Um foi jogão do Napoli contra Stuttgart.Inesquecível na final da Uefa 88.

Ano 1989, Napoli com Maradona, Giordano, Careca (Ma-Gi-Ca)e Alemão. Pela memória afetiva não falo mais nada deste jogo. 19 anos se passaram e ainda lembro de cada lance.
A bola que Don Diego lança na área de cabeça para Ferrara fazer o 2 a 1 é um lance de um gênio. Vejam.

O outro jogo que me arrependo não fazer parte dos quase mil que assisti "in locco" foi um jogo que realizou um milagre. Vi um ato que seria uma conversão, ou uma heresia. Vi flamenguistas torcendo para o Vasco. O jogo que realizou este milagre? Vasco e Palmeiras final da Mercosul no Parque Antártica. E a Band, ainda era Bandeirantes, com Juarez "China" Soares falando mal dos times do Rio neste jogo. No final, Romário e Cia fizeram o dever de casa. E calaram a boca do "China" que chamava o Flamengo de "o Meeeengo" e secavam. Como secava os times do Rio este cara.

Dois jogos além da paixão clubística. Para amantes do futebol. Foram inesquecíveis. Pouco importa quem venceria. Ou quem venceu.







segunda-feira, 24 de março de 2008

Legalizacão dos Bingos - Capa do O Globo

Já faz tempo que a imprensa deixou de "vender" informação ou até mesmo opinião. A imprensa hoje vende influência.

A manchete principal de O Globo de hoje mostra uma imprensa mais preocupada em ser farol de uma sociedade que seu espelho. O desejo de chamar para si um papel de bastiã da moral ultrapassa limites quando pré julga o que acha correto. Se comporta acima da Lei ou do Ministério Público. Ou talvez, até mesmo, acima da Sociedade que ela deveria refletir.

O destaque dado, com chamada de capa, para a possibilidade da legalização dos Bingos no Brasil acaba dando um destaque desmedido para um debate que pouco importa a sociedade.
Como se a imprensa ou um orgão resolvesse pautar a sociedade. Criar a agenda da sociedade. Escolher o que ela deve desejar debater.

Em alguns casos, quando se joga determinado debate a luz de forma precipitada, não se traz transparência, como deveria, acaba por funcionar como um farol alto numa noite de neblina, não fica as claras, cega a visão de quem quer ver os fatos de verdade.


Dengue - Culpar a população é um absurdo


Em dezembro de 2007, brincando de criar posts proféticos, comentei que o Rio teria uma epidemia de Dengue em 2008. Era jocoso, mas era uma certeza. E a resposta do poder público foi lenta. Agora vem as 3 esferas de poder trocando acusacões. Culpando o mosquito. Culpando a populacão.

E a população caindo doente. Morrendo.

E esta população passivamente aceitando uma parcela de culpa que ela não tem.

Instalar postos é pouco. O combate ao mosquito não funcionou. E como sempre, culpa-se o sofá, no caso o pneu velho. Como diria Casoy, uma vergonha.

A verdade é que a epidemia de Dengue mostra que o Estado brasileiro é ineficiente e ineficaz. Ou melhor: é ausente.

E o mosquito agradece.