sábado, 19 de março de 2011

Rio, Cidade Mundial

O Rio está no foco do Mundo. Escolha do direito de sediar os Jogos Olímpicos e receber a final da Copa do Mundo colocaram a Cidade na ordem do dia da imprensa internacional. Somos capa até de Jornais do interior da Aústria. O Rio hoje faz esquina com o mundo. Seguindo uma vocação traçada por algum Nelson Rodrigues, "já estava escrito antes da história do Mundo que o Rio seguiria esta sua vocação".

O Presidente Pop Star escolheu passar duas noites de sua corrida agenda no Rio.

Pena a imprensa paulista ser tão pueril e bairrista. Os on lines ignoravam a presença de Obama no Rio.

São Paulo não precisa ficar assim. Fica institucionalmente feio. Logo uma das maiores cidades do mundo e que tem uma vantagem competitiva sobre Nova Iorque, Los Angeles, Londres e Paris - está ao lado da Cidade Maravilhosa.

O Rio não é bairrista por uma razão simples. O Rio resume o Brasil, (incluindo aí São Paulo), vir ao Rio significa vir a uma espécie de Resumo do Brasil. A trilha, eu estava me lembrando de um Rio de Janeiro da minha infância, quando a gente sabia que mesmo sem chaminé de fábrica a gente seria esta Cidade estratégica mundial.

Quanto mais Rio, melhor para o Brasil. Por aqui e no exterior.



sexta-feira, 18 de março de 2011

Cigarros e Liberdade

Eu só fumo Charutos. Não fumo cigarros. Desta forma praticamente não fumo na rua. Mas gosto de frequentar locais aonde o cigarro é "bem-vindo". A atmosfera libertária do ar carregado de nicotina é bem mais agradável que o impuro ar puro da hipocrisia.

Me lembrei que no passado as pessoas fumavam sem culpa. Depois veio a culpa e agora vivemos um momento diferenciado, onde o cigarro pode ser gauche.

Proíbem o cigarro, mas deixam o frescobol liberado. Nada é mais idiota e patético que o frescobol. Aquilo faz mal a saúde e ao critério.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Buzina no engarrafamento é cafona

Não vejo problemas na neurose. Pelo contrário ela pode demonstrar até um certo charme. Pode certificar que você está acima da média e da mediocridade.


E ao invés de ser um "zen pateta", você apresenta esta insatisfação com comentários, nem sempre bem-vindos, mas quase sempre desopilantes.


O problema é quando a neurose vem adicionada com a burrice e com o terceiro mundismo, se tranforma na neurose inócua e sem charme, exemplo?


A buzina no trânsito.


É a neurose do burro que não tem inteligência para ser um neurótico atraente. Vira mero idiota. Sempre que vejo alguém metendo a mão na buzina sei que se trata de alguém com problemas de ordem sexual ou corno ou burro ou todas as coisas ao mesmo tempo.

E como tem impotente, cornos e burros no Rio de Janeiro. Neuróticos sem graça estes.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Racismo e Açaí


O Mate gelado. O Açaí. Dentre outras coisas, são produtos oriundos de locais distantes que parecem tipicamente cariocas. E por isto, lojas de Suco rivalizam com farmácias e agências do HSBC na disputa de quem vai dominar o mundo. Quase que uma instituição do "Açaí na Tigela". Como se o Açaí fosse colhido ali na esquina.

Pois ontem, agora, comendo um Açaí matinal, ouvi o seguinte diálogo

Loja de Suco. Frutas penduradas. Nordestinos solícitos e sorridentes, no seu idioma particular, perguntam o que você quer. De BG TV ligada na SporTV e barulhos de liquidificador.


Figura 1

"Viu no Japão? Tragédia mas ninguém roubando nada. Se fosse aqui no Brasil..."


(e o outro interlocutor responde animadamente)


Figura 2:

"É, mas nos Estados Unidos também. Teve aquele furacão, o Katarina(sic) e a crioulada lá meteu a mão em donativo, maior zona..."


(o arremate em tom filosófico)

Figura 1

"Preto é foda."


Seria uma conversa de dois racistas, de dois imbecis nazistas, se os autores das frases acima não fossem mulatos, quase negros em definição de etnia. Com certeza tem uma origem africana, bem próxima, que deveriam se orgulhar. Num país mulato como o Brasil, não cabe preconceito racial. Fica patético.


Claro que antes de sair da loja falei.


"Isto não tem nada com cor da pele. E sim com educação.


Ah, e sobre cor da pele, vocês não são brancos não."


Peguei meu chiclete, deixei a gorjeta e saí. Notei que os dois ficaram em silêncio, meio perplexos com meu aparte. Meio que assustados.

terça-feira, 15 de março de 2011

Isto é Belleti

Talvez seja um dos jogadores de futebol mais satirizados na história recente. Mas o cara tem um currículo invejável. Ok, alguns publicitários dirão que ele é o cara da "Ficha Técnica". (Aquele "zé ruela" que estava ao lado de quem teve a idéia e fala "me coloca na ficha, eu participei"). Mas ainda assim Belleti tem algum mérito. Não dá para ter 15 anos de sorte ou acaso tão somente. Trata-se de um dos jogadores mais vitoriosos do futebol mundial.
Ele encerou seu contrato no Flu hoje. Pode não ser pior que a saída do Muricy. Mas vale nota.


Mesmo com suas limitações, a torcida catalã do Barcelona tem o carinho especial por ele e o seu "Gol do Título". Pergunte a eles.

Vejam a ficha do cara:

-Copa do Brasil 96

-Copa dos Campeões Mundiais 96

-Campeonato Mineiro 96

-Campeonato Paulista 98

-Campeonato Mineiro 99

-Campeonato Paulista 2000 e 2002

-Campeão Mundial FIFA Copa 2002 Coréia-Japão

-Copa UEFA 2003

-Campeonato Espanhol 2004/2005 e 2005/2006

-Super Copa da Espanha 2005 e 2006

-Liga dos Campeões UEFA 2005/2006

-Copa da Inglaterra 2008/2009 e 2009/2010

-Super Copa da Inglaterra 2009

-Premier League 2009/2010

-Campeão Brasileiro 2010

Somos "firmas" individuais

Como se não bastasse o bombardeamento de informações que temos, e não falo apenas de profissionais que trabalham com informação ou comunicação, mas do ser humano comum, que hoje é bombardeado de forma instantânea por fatos que , acontecendo na Africa, tem a repercursão como se fosse na nossa Cidade, na nossa esquina. Como se não bastasse esta glozablização do tudo ao mesmo tempo agora, somos bombardeados por um sem número de informações que se somam e vem compondo o mosaico da atual sociedade.


Hoje temos que saber do horário da faixa seletiva, do dia do rodízio do carro. Saber do plano da TV a cabo, do plano do celular (aqueles detalhes de números que você pode ligar de graça, quantidade de minutos, sms etc e tal), do que você tem direito neste ou naquele Banco (qual o limite de extratos, de uso de cartão etc...) isto para pegar relações mais simples e próximas a todos. Temos a necessidade, todo e qualquer cidadão, de ter uma quantidade de informação de um "jornalista" e o mínimo de conhecimento legal, de um "advogado".


As relações do mundo moderno fizeram isto. Tentam tirar um pouco do romantismo da vida em nome de um pragmatismo neurotizante que, ao invés de facilitar, acaba por nos transformar em verdadeiras "mini empresas" com uma quantidade de contratos que precisariam de um "gestor de contratos".


Se isto veio para facilitar, qual o motivo de ser complicado a resposta de um SAC? Sejamos sinceros estas mudanças não tem o objetivo de facilitar nada para o cidadão comum, e sim facilitar a vida de empresas. E nós começamos a acreditar que esta mania de "gestão de contratos" faz parte do processo evolutivo da sociedade. Discordo. O processo evolutivo da sociedade seria descomplicar. A teia social foi feita exatamente para isto, descomplicar. O restante cabe a maturidade da sociedade se impor sem necessariamente o escrito em lei, mas o bom senso. E isto só existe com empresas que sejam realmente cidadãs e não preocupadas apenas com o lucro, deixando a preocupação com o consumidor para a publicidade e o discurso vazio.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Para notar


Sou da geração que pegou a migração do Vinil para o CD. A exata geração que conviveu por completo com as duas mídias. As bolachas de vinil e suas obras de arte nas capas e a modernidade do recém chegado CD.

Ou seja, fui a geração da Vitrola Laranja da Philips - que todo mundo teve e fui uma das primeiras pessoas a ter um "Disc Man" da Sony. Que quando ia na loja de disco pensava se compraria o CD ou o LP. Um momento único. E fomos vendo o LP desaparecendo e o CD tomando seu espaço. Muito antes do I tunes.

Impressionante como a multiplicidade de canais de divulgação e velocidade de distribuição, por exemplo, tem tirado o peso que existia no "Album". E devido a modificações tecnológicas, CD, DVD, mp3 etc e tal, até mesmos os Albuns clássicos do passado sofrem nossa edição nos play lists. Assim o trabalho por completo do artista, sofre a interferência do público. Antes que alguém curto de pensamento fale das fitas K7, claro antes tinham as fitas K7, mas era outra história, dava bem mais trabalho e eram mais marcantes de momentos, eram talvez até mais dedicadas e carinhosas, os play lists são bem mais fáceis e higiênicos de se fazer. Fazemos de reflexo.

Sem dúvida o impacto, o "peso" autoral que o Album tinha foi diluído.