sexta-feira, 24 de junho de 2011

Just Kids


No mundo imbecil do Reality e do excesso de celebridades (a única coisa que tem mais que celebridade é DJ, como se adaptasse a frase do Andy Warhol, no futuro todos serão DJs por 15 minutos) eis que uma biografia, bem escrita e de gente que vale a pena você saber mais. Diferente das pseudo celebridades das revistas de fofoca.
Até o livro eu desconhecia a relação próxima dela com o Robert Mapplethorpe.
Altamente recomendado Patti Smith, "Just Kids".


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Quando se faz 30 anos

Quando se faz 30 anos passamos a ter batizados para ir.
Quando se faz 30 anos já temos mais de dez anos de memórias do "mundo adulto".
Quando se faz 30 anos é normal que nossos avós morram.
Quando se faz 30 anos você abre mão de alguns sonhos. Outros novos sonhos chegam.
(O meu era ser piloto de F1. Ganhar um título. Talvez dois. E vencer umas quatro ou cinco corridas em Mônaco.)
Quando se faz 30 anos você passa a ter alguma canção, quem sabe mais de uma, que quando toca(m) aperta(m) seu peito. Faz(em) sentir uma saudade tremenda. Não de momentos ou de outras pessoas. Saudade de alguém que não existe mais. Aquele você do passado.
Quando se faz 30 anos é que você nasce de verdade.

Manhattan
Verão 2003
Você tá entendendo?


quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Gol mais bonito de todas as Copas

25 anos. Isto mesmo. Um quarto de século que Maradona marcou no México aquele que foi o mais belo e emblemático Gol em Copas do Mundo.
Como as viúvas do Pelé quando ouvem a palavra "Maradona", dizem "Pelé", não tiro a genialidade do camisa 10 Brasileiro.
Pelé no México em 70 teve grandes jogadas. Geniais. Como a cabeçada defendida pelo Banks. O Chute do meio de campo que quase foi Gol. O drible de corpo no goleiro uruguaio, que na conclusão não entrou.
Mas Maradona foi genial e o resultado foi Gol.
Os campos do México coroaram os dois maiores camisas 10 da história.

Este Gol eu lembro como se fosse hoje. Agora. E já tem um quarto de século. O bom de envelhecer é ter memória ampliada, o que possibilita um dia muito maior que as meras 24 horas. As referências e as lembranças ampliam. O horizonte. E o critério.

Não é saudosismo. É história vivida e vista.

Versão Poesia e Versão Jornalística do Gol do Século.




domingo, 19 de junho de 2011

Festas de Casamento

Os amigos já sabem que não vou a Casamentos. Mando presente como manda o protocolo, mas acho as festas mais chatas que já inventaram. Ficam próximas da entrega do Oscar, pela televisão, com comentário do José Wilker, e de Festa Junina, ao vivo, qualquer uma onde quer que seja, sem comentários.

Em Festas de Casamento descongelam o Barry White. E canta aquela versão dançante de Your Song. Uma falta de respeito.

A maior parte dos figurinos, (Momento Cristian Pior), sejam as mulheres com os vestidos de alcinha, ou com aquele brilho de seda, que acham chique, mas parece javanesa de terceira. Maquiagem que se gastou tempo e dinheiro para ficar melhor(na teoria) e na verdade está fantasiada. Olhos coloridos com cores fortes é um exemplo de mau gosto e de como a maquiagem consegue piorar uma mulher. Não tem como achar aquilo maneiro. Homens com ternos ou fraques alugados. A Roupa da Noiva é um caso a parte. Aliás na maior parte dos casos está sempre me provocando risos. Uma cerimônia e um visual que é tão provinciano quanto o baile de debutante. Só não cristaliza esta verdade pois tem toda uma indústria do casamento por trás. Mas não vejo muita diferença entre noivas e debutantes provincianas. O incentivo é o mesmo. O de dar um "dia de Princesa" para a mulher. Um atraso cafona e que coloca a mulher num papel de Barbie de branco.

A fauna do casamento? Mulheres desesperadas para encontrar um Marido. Mas serve um Noivo. Um namorado. Um amante. Um peguete. Homens pensando na boca livre e na chance de pegar mulher sem muito investimento, pois elas já estão mais dispostas. E com bebida grátis. (Uma palavra que bicão não pode ouvir). Já as "biconas" se agarram no espumante e pedem sempre mais "champagne", mesmo que seja uma Cidra Cereser ou Cristal Vintage. Se servir gelado elas não sabem a diferença mesmo. E os que vão como casal, vão para "encher a pança".

Se o casamento é popular, tem bolinha de queijo. O que é um alento. Se é pernóstico, finger foods pretensiosas e sabores que alguém leu que é chique e algum cozinheiro com pretensão de ter seu dia de Ferran Adriá executou.

Música ruim. Tirante o momento do set list que toca Sinatra. Mulheres que te olham achando que encontraram o homem certo para casar. Mesmo que você seja casado. Babacas informais vestidos de formais e Babacas formais que acham que podem ser informais e descolados e culpar a bebida. Mas são apenas babacas sem graça. Ambos. Comida pretensiosa ou com gosto e cara de buffet de hotel 4 estrelas. Bebida, bem, eu bebo pouco mesmo. Comida prefiro a dos restaurantes que frequento, das minhas andanças ou as que eu tenho em casa. Desculpa para ver amigos? Bem, se eles quiserem, apareçam lá em casa, mediante aviso anterior, que serão bem-vindos e o papo fluirá melhor. E agora que descobri o endereço da mulher que faz os mais famosos "Bem Casados" do Rio, mando fazer para comer no fim de semana. Casamentos realmente não tem nenhum sentido para mim na medida que posso comer "Bem Casados" sem precisar aturar a trindade do casamento : música ruim, chatos alcoolizados em profusão e mulheres cafonamente se achando chiques.

E a babação de ovo? Meus Deus, as pessoas pensam que se não forem ao casamento os noivos "vão sentir sua falta". Eles tem mais o que fazer do que "sentir a sua falta". Pode faltar que vão apenas fingir que sentiram sua falta por educação. Você não receberá nenhuma maldição por não ter ido. Desde que mande presente. E capriche em algo chique e inusitado. Mostre que não é nada contra o casal, contra a instituição, apenas contra as festas chatas. E não seja óbvio mandando algo da lista.

E os convidados ingratos? Se a Festa é boa, o invejoso que comeu de graça diz que os Noivos quiseram "ostentar" . Se é mais ou menos saem reclamando como se tivessem direito a passar no ProCon e fazer uma queixa pelo direito do Consumidor.

Na verdade não gosto de casamento porque Casamento na verdade é uma Micareta com um bando de gente vestindo terno e gravata. Como não gosto de Micareta, sou coerente. Ou talvez por critério. E até mesmo por compaixão pois, detesto sentir "vergonha pelos outros". E poucos lugares eu sinto tanta vergonha alheia quanto numa festa de Casamento.

Case, mas não me chame.
Salvo se for o caso de uma cerimônia extremamente reservada e elegante.