sábado, 7 de março de 2009

Natal, neve, lobos e huskies em março


Que alguém me explique os motivos que eu gosto de música de Natal. Ouço o ano inteiro. Minha predileção por huskies e lobos eu entendo. A neve, bem...depois de 3 dias dos termômetros beirando os 40 graus no Rio de Janeiro, nossa atávica insatisfação oriunda da vontade de reclamar de algo, se ilustra na neve. Sinatra diminui o calor. Ouça, é verdade.

Futebol ao sol e `a sombra


Talvez Eduardo Galeano tenha sido o autor que me apresentou o mundo. Ao ler "As veias abertas da América Latina" tive a impressão de ter entrado na maturidade. Eu tinha 13 anos.
Agora Eduardo Galeano me trouxe mais uma descoberta: Eu prefiro a história do futebol que o futebol jogado hoje.
Sim, histórias da bola de 1930, 40, 50, 60,70 parecem mais interessantes que os incontáveis jogos que surgem nas nossas TVs a cabo do mundo globalizado.

Com seu livro "Futebol ao sol e `a sombra" , um mimo que ganhei de uma mulher super especial, vou lendo e a cada página descortinando uma história de amor. Sim, como um Romeu e Julieta, como um Tristão e Isolda...Cada mini conto um exagero de amor. Mas sempre com a presença dela, a bola.

Este livro não é apenas recomendado, é obrigatório. Mini crônicas que conseguem fazer com que se viaje no tempo, em apenas meia ou uma lauda. Um poder de sumarização notável. E ainda assim traduzam não só o tempo vivido como trazem alguma história deliciosa, com algum personagem interessante. Em alguns casos a imagem das jogadas narradas surgem como se fosse uma tela imaginária diante dos seus olhos. Você é capaz de ver um gol ocorrido em 1920. Através deste livro eu fui testemunha ocular de Piendibene. Vi Andrade flanando pelas ruas de Paris. As jogadas de Domingos da Guia foram mostradas para mim como num clip de vários jogos. E o gol que Zizinho fez duas vezes para valer. Eu vi, e passo no polígrafo garantindo que vi tudo isto.

Amor, ódio, ternura, compaixão, amizade, solidariedade, intriga...Tudo o que se vê em Shakespeare parece refletido neste livrinho. Apenas que o pano de fundo aqui é o futebol. Que delícia. Um livro que consegue ser bem escrito, didático, comprometimento histórico e conta a história das Copas, narradas em resumo mas deixando a sensação de ter visto uns 3 documentários de cada uma delas. 
Viva o futebol!
Viva Eduardo Galeano.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Urbanamente lamurioso


Parece mentira para alguém tão urbano, mas eu gosto de mato.
Refúgio, silêncio, natureza e calma.
Era um desejo latente. Mas veio de verdade com o amadurecimento.
Esta música ilustra um pouco este dito amadurecimento, o mato e um monte de coisas boas, no clima de toada ela diz tudo.
Salve, salve Almir Satter e Renato Teixeira.
Uma espécie de Willie Nelson da MPB.

Rio 40 graus


Eu vi...
Hoje na Rua da Assembléia um camelô vendia essência de eucalipto.
Nada contra. Até melhor que o mau cheiro de tubulação de algumas ruas do nosso Centro da Cidade.

40 graus e essência de eucalipto, era uma sauna.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Jornal Nacional de hoje - Ato falho

Falhas acontecem até no bem realizado Jornal Nacional.

Hoje o casal Bonner e Bernardes se despediu falando do Big Brother, do futebol e até amanhã. 

Esqueceram a novela que tem logo depois do jornal.

É ato falho.
O principal produto da casa parece ser o futebol, agora transformado em uma espécie de reality show com a volta de Ronaldo e o reality show, o BBB9 que teremos que ver, obrigatoriamente, até a décima edição. Obrigatoriamente, pois dão ao mesmo cobertura jornalística de evento. Com capas e mais capas de jornal e notícias em todos os "on lines" de news. Como se fosse importante ou interessante a vida de 10 desocupados colocados confinados em uma casa em Jacarepaguá.



terça-feira, 3 de março de 2009

Aniversário do Zico

O ex grande craque dos gramados com a camisa do Flamengo faz aniversário. Como o Assaf cunhou a frase que todo dia 3 de março é Natal na Gávea, ela é aqui repetida. Faz muito sentido. O que Zico foi para o Flamengo. A tradução de um time.

A coincidência é que Zico nasceu justamente no dia que foi criado, em 1891,  a penalidade máxima no futebol. E aqui um penalti que nem Zico, nem os brasileiros vivos naquela época, mesmo as crianças, esquecem.

Brasil e França, Copa do México, 1986.

E de Zico, me lembro de uma atuação memóravel, a segunda maior atuação individual que presenciei no Maracanã, a maior foi a do Romário contra o Uruguai nas eliminatórias para a Copa de 94. Na atuação maravilhosa de Zico, foi um 4 a 1 no Fluminense. Com 3 gols de Zico. E, acredite, a torcida do Flu aplaudiu Zico. Sim, Zico saiu aplaudido de um Fla-Flu. Pela torcida do Fla e do Flu. Antológico o jogo e o momento. Nunca vi isto no Maracanã. Coisas do Fla-Flu. Coisas da fidalguia tricolor. Coisas de ver um grande craque em ação.


domingo, 1 de março de 2009

Parabéns pra você, Rio

Este blog é assumdiamente carioca. Sem ser bairrista, afinal cariocas não podem ser bairristas, somos o resumo do Brasil. Nosso DNA tem um o Brasil inteiro, e algumas partes do mundo. Carioca poderia ser uma definição, do aspecto positivo da palavra "globalização". E ao mesmo tempo, tão abertos, tão influenciadores e influenciados, assimilamos o que vem de fora, sem perdermos a identidade, carioca.

Somos um pouco de tudo, e ,de braços abertos, ainda que a gente não feche os braços, dando um abraço colossal. Mesmo que "passa lá em casa" é apenas uma forma de dizer, tchau. Somos acima de tudo um povo muito interessante, colocado em um local interessante.

Temos nossos venenos, é verdade, mas ainda com todas as nossas mazelas, somos um pouco de tudo.E assim temos qualidades e defeitos.  Somos, cariocas. Generalistas, marrentos, divertidos, inventivos, naturais, abençoados...Somos, na tradução, cariocas. Uma gente especial que nasceu, ou escolheu o Rio.

O Rio não é nunca apenas um cenário. Qualquer que seja a história, o Rio sempre tem um papel de destaque. Então, Parabéns Rio de Janeiro.

Num surto cafona, me lembrei desta música.
Rio de Janeiro.
E junto com este clip de imagem, se não traduz o Rio, ao menos ilustra.

E Barry White é o que o Shabba sempre tentou ser.