quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Padroeira e Dia das Crianças


Uma das coisas mais emblemáticas e étnicas do Brasil é ter uma "Virgem Negra", como Nossa Senhora de Aparecida, de Padroeira. (Ok, a Polônia também é consagrada a uma Nossa Senhora Negra), mas como tudo no Brasil tem-se no conceito em que todos são brancos e negros ao mesmo tempo, fica interessante e deveria servir para baixar ou acabar com qualquer nesga de preconceito étnico que possa existir.


Pensei no que poderia unir o "Dia das Crianças" com "Nossa Senhora de Aparecida". E me lembrei que com uns 10 ou 11 anos, voltando de uma viagem de carro pelo Sul com um avô postiço e dois irmãos verdadeiros, ainda que não de sangue, paramos na Basílica. O avô postiço, uma espécie de rádio relógio de informações, falava da Basílica com a desenvoltura de um guia turístico. Como estamos em 1981, a câmera de vídeo tape VHS, que parecia algo "profissional" chama atenção dos demais. Além de estarmos acompanhado por um senhor de fama profissional por ser ligado a mídia e ao esporte. Mas isto foi apenas um detalhe. No momento em que ele elevava seus pensamentos, lembro que na minha mochila havia uma bola. Achamos o piso da basílica interessante. E jogamos futebol. Fazendo um "Gol a Gol" de um lado para outro e com direito a jogadas driblando adversários imaginários que eram bancos e cadeiras.


Não era um heresia ou desrespeito. Quando se tem 10 ou 12 anos, futebol é uma coisa sagrada. Estávamos no lugar certo.


Viva o Dia das Crianças.

Salve Nossa Senhora de Aparecida. Independente de credo merece nosso pensamento elevado. Em nome de um Brasil.


O crédito da foto, datada dos anos 80, não tem efeitos não, é de Waltter Lima e eu descolei na web.