sábado, 30 de julho de 2011

Sorteio da Copa FIFA 2014

A falta de equilíbrio incomoda. Quando é com mídia incomoda muito mais. De um lado uma movimentação, quase "chapa branca" , que preferiu ignorar as manifestações contrárias ao Ricardo Teixeira que aconteciam ao lado de fora. Do outro a tentativa "derrotista" de desqualificar o evento.


Mas antes de tudo : o evento foi um sucesso. Nota 10.


Não questiono o custo. Os 30 milhões ali estavam. O benefício? Não sei. Mas sem dúvida foi um cartão de visitas da Cidade ao Mundo.


Antes que reclamem do fechamento do Santos-Dumont, a FIFA e o COL(Comitê Olímpico Local) queriam "fechar o espaço aéreo do Rio de Janeiro", incluindo o Galeão. Por razões de sanidade, o Governo Brasileiro foi contra. E fechar o Aeroporto central , acessório, que fica ao lado de onde ocorria o evento, por 4 horas, fez sentido.


A fala da Dilma também merece ser analisada. Foi polida. Educada. Formal. Incisiva. Abriu mão do "baba-ovismo" que parecia um desvairismo não adequado a liturgia do cargo, que foi reinante em relação a CBF e a pares estrangeiros na ordem do dia recente da Presidência. Se Dilma não atacou Ricardo Teixeira anteriormente, a fala fria com relação ao Presidente da CBF mostrou um flanco aberto. Se houver denúncias graves e um projeto que passe tranquilidade na execução da Copa do Mundo, a faxina iniciada no Dnit pode ir mais longe. Dilma já mudou outros paradigmas. E exatamente por ser uma corajosa, ainda não contaminada pelo receio pulsilanime que a arte política pede, não estranharia se amanhã começasse algo novo. Uma operação "mãos limpas" na CBF. Dilma conquistaria mais que uma elite pensante do Brasil. Dilma daria um exemplo ao mundo. "Tão" de olho na Bola. E atualmente "tão" de olho no Brasil. E a Presidenta parece bem orientada.


O evento teve de tudo. Personalidades da bola. Sonorização perfeita. Belas imagens. Música boa e música péssima. Apresentador idiota. Roupas cafonas. "Comme il faut" aos grandes eventos similares. Venceram a ventania da noite anterior, que destruiu parte dos materiais. Exposição boa das marcas dos patrocinadores master da FIFA. E tudo funcionou direito. Ok, nada da Oi funciona direito. Foi a lástima. Fazer o que? Mas, em resumo : O evento foi um sucesso. A Cidade e a organização estão de parabéns.


Claro que a opinião centrada parece não valer muito. Hoje as pessoas esperam que se fale mal, ou seja do puxa saquismo chapa branca que fala bem incondicionalmente. Um maniqueísmo imbecil e sem sentido. Pena.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brasilidade

Passaportes são múltiplos.
Mas o coração,
este tem sempre o mesmo destino:
Copacabana.
Não é um bairro, é mais que uma Cidade,
Meu lar que resume minha brasilidade.


Pois, por mais que eu rode o mundo ou me mude,
tenho a impressão que nunca tirei meus pés de Copacabana.

Nasci numa nesga de terra onde Alfama faz esquina com Copacabana.
Ouvindo mais tango que samba.
Preferindo água `a cerveja.

E assim seja.
Amém duas vezes.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uruguai

Tem uma máxima no Uruguai que diz que a sua história se confunde com o futebol. E é compreensível. São 2 vitórias olímpicas 1924-1928 quando não existia Copa FIFA. A vitória na Primeira Copa. Organização da primeira Copa do Mundo FIFA. O primeiro ídolo globalizado produzido pelo futebol, Jose Leandro Andrade. Primeiro negro campeão mundial.(Quando times no Brasil vetavam negros) 15 títulos de Copa América. Antes que brazucas inflamados venham dizer que nós não nos preocupamos em "vencer a Copa América". Nos preocupamos sim. Mas talvez tenha nos faltado "bolas" e não bola para vencer no passado. Pelé, por exemplo, não tem nenhuma Copa América. Fomos conseguir uma com um gol de Romário em 89. E eu estava lá.

Na Inglaterra o chart do Jornal de hoje coloca que o Uruguai tem 15 Títulos, Argentina 14 e Resto da América do Sul, 14. Estranho em futebol o Brasil ser colocado como "resto". Mas é um fato na história do Sul Americano/Copa América. Não no scout frio e tolo.

Então um País que tem pouco mais que a metade da população da Cidade do Rio de Janeiro. Que tem metade do PIB da Cidade do Rio de Janeiro, foi semi-finalista da Copa FIFA de 2010. E agora vence o Torneio Continental. Contrariando todos que falavam que não tem como competir com gigantes do futebol como Brasil e Argentina. Em dimensões e potencial de economia. Entenderam? O Uruguai tem metade da população e da economia da Cidade do Rio de Janeiro.

A diferença é uma equipe que se supera. Focada. Com menos mimados. Que joga com amor a camisa celeste. Sem apelar para violência, truculência, mas com vontade, determinação e, é claro, talento. Se querem fazer um "benchmarketing" não usem a Espanha. Façam o espírito uruguaio e resgatem o talento brasileiro.

O antigo grande rival. Que calou 200 mil pessoas no Maracanazo se tornou o queridinho dos brasileiros. Eles jogam como gostaríamos de ver a Seleção Brasileira jogando. Amor, vontade, carinho, talento, dedicação, hombridade e dignidade. Parodiando Chico, mirem-se no exemplo daqueles homens do Uruguai.

Parabéns Uruguai. Com o futebol do time do Mano, se repetirem o "Maracanazo" de 1950 em 2014, desta vez não haverá choro ou comoção.

domingo, 24 de julho de 2011

Campanha Ministério da Saúde


Primeiro foi a popularização do silicone. Que chegou até as meninas da Avenida Atlântica. Mais um exemplo de crescimento da economia. E dos seios das meninas de difícil vida fácil. Depois foi a popularização do Botox. Na Barra da Tijuca a dificuldade é encontrar alguém sem botox. E ficou popular. A copeira do escritório de um amigo, aplicou botox.

E agora, mais um fato da popularização. O clareamento dental. Em 6 reuniões esta semana, notei que em todas tinham pessoas com Mentex radiantes na boca. Não censuro. Juro que não. Me lembrei quando eu falei para meu dentista que queria fazer clareamento. Ele riu e me mostrou os padrões de "branco de dente". O meu era o segundo mais claro. E ele falou "Quer ter os dentes mais claros? Tome um sol. Seus dentes estão brancos. Muito brancos. Não aparecem pois você está muito branco". Bom quando você encontra profissionais sérios que dão uma meia trava nos delírios e imbecilidades estéticas que profissionais focados na futilidade e na grana acabam por envolver clientes.

Nada contra o Botox. Apesar de acreditar que num futuro próximo alguma ruguinha vá dar uma idéia de ser mais jovem que o rosto com photoshop. Nada contra o silicone, apesar de recomendado em alguns casos, nada supera o toque de um seio natural e durinho. Nada contra o clareamento dental, mas quando ele passa dos limites, parece que as pessoas carregam nas suas bocas materiais sintéticos ou Mentex com glitter.

Tudo em nome do mercantilismo superficial. O mesmo mundo que trasformou as mulheres em gordas potenciais para vender remédios e todos os produtos de dieta. Os homens em metrossexuais para dobrarem o mercado de cosméticos, antes restrito apenas as mulheres, cria cada dia uma nova paranóia, uma nova moda. Os incautos mau orientados seguem. Estilo "Simon Says".