quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Das Copas que vi

Em 1982 o Brasil vivia a euforia da democracia. Diretas poderiam vir. Eleição de inimigos do Regime Militar. Era momento de felicidade e esperança. Tal qual o time da Copa da Espanha. 


Em 1986 o Brasil vivia a Requentada Nova República. E o time foi morno na Copa do México.



Em 1990 o Brasil vivia o provincianismo Collor. Onde ser "importado" era ser moderno. E o time de Lazaronni, com Líbero, foi o fiasco da "pseudomodernidade Collor", na Copa da Itália.


Em 1994 o Brasil vivia Itamar. E por sorte, talento e acaso, tudo deu certo. Ok, graças a um certo Romário, mas o Brasil do improvável dar certo, "Forrest Gump", acabou sendo Campeão na Copa dos Estados Unidos.


Em 1998 o Brasil vivia a subserviência FHC. E ser diplomático, ou "vira-latas", era mais importante que ser líder.  Medo da liderança. E o time foi exatamente este espelho sem vontade na Copa da França.


Em 2002 vivíamos uma euforia. Lula era esperança FHC fazendo transição democrática, na troca de poder suave, o Brasil comemorava. As coisas pareciam dar certo. E deram. Campeão na Copa do Japão/Coréia.


Em 2006 vivíamos os anos Lula. Tudo feito para dar certo. A melhor equipe que o Brasil já levou para uma Copa. Era para "fazer história". Era para ter ido muito mais longe. Poderia. Mas ficou no meio do caminho na Copa da Alemanha.


Em 2010 o climão de transferência interna de poder. Tudo com arrogância. Distante do povo. E o resultado era a arrogância do Dunga na Copa da Africa do Sul. Mas a certeza : o pior ainda estava por vir.


Em 2014 o resumo do Governo Dilma. Não adianta estar entre os finalistas e levar 10 Gols nas semi finais. Ou seja, usa-se sofismas para esconder verdades. Como a vergonhosa corrupção. O vergonhoso 7 a 1. Mas alguém saca um "indicador de desempenho" como "melhor desempenho Brasileiro nas últimas 4 Copas". Raciocínio tão limitado quanto a atual capacidade de Felipão e do seu time na Copa do Brasil. 


Em 2018 este time refletirá. A desilusão e falta de rumo do Governo Temer? Ou a alegria do futebol brasileiro e a esperança de dias melhores?