terça-feira, 15 de março de 2011

Somos "firmas" individuais

Como se não bastasse o bombardeamento de informações que temos, e não falo apenas de profissionais que trabalham com informação ou comunicação, mas do ser humano comum, que hoje é bombardeado de forma instantânea por fatos que , acontecendo na Africa, tem a repercursão como se fosse na nossa Cidade, na nossa esquina. Como se não bastasse esta glozablização do tudo ao mesmo tempo agora, somos bombardeados por um sem número de informações que se somam e vem compondo o mosaico da atual sociedade.


Hoje temos que saber do horário da faixa seletiva, do dia do rodízio do carro. Saber do plano da TV a cabo, do plano do celular (aqueles detalhes de números que você pode ligar de graça, quantidade de minutos, sms etc e tal), do que você tem direito neste ou naquele Banco (qual o limite de extratos, de uso de cartão etc...) isto para pegar relações mais simples e próximas a todos. Temos a necessidade, todo e qualquer cidadão, de ter uma quantidade de informação de um "jornalista" e o mínimo de conhecimento legal, de um "advogado".


As relações do mundo moderno fizeram isto. Tentam tirar um pouco do romantismo da vida em nome de um pragmatismo neurotizante que, ao invés de facilitar, acaba por nos transformar em verdadeiras "mini empresas" com uma quantidade de contratos que precisariam de um "gestor de contratos".


Se isto veio para facilitar, qual o motivo de ser complicado a resposta de um SAC? Sejamos sinceros estas mudanças não tem o objetivo de facilitar nada para o cidadão comum, e sim facilitar a vida de empresas. E nós começamos a acreditar que esta mania de "gestão de contratos" faz parte do processo evolutivo da sociedade. Discordo. O processo evolutivo da sociedade seria descomplicar. A teia social foi feita exatamente para isto, descomplicar. O restante cabe a maturidade da sociedade se impor sem necessariamente o escrito em lei, mas o bom senso. E isto só existe com empresas que sejam realmente cidadãs e não preocupadas apenas com o lucro, deixando a preocupação com o consumidor para a publicidade e o discurso vazio.

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