terça-feira, 15 de novembro de 2011

Futebol, Brasil e o Flamengo


Depois eu falo de Londres. Hoje eu quero falar de futebol.

Falar do Flamengo.


Não. Não sou rubro-negro. Em que pese no primeiro Fla-Flu de minha vida, onde o Flu ganha, se me lembro de 3 ou 4, eu, ao lado de toda diretoria do Flu, tive a ousadia de berrar "Mengo!". Mas não era flamenguismo, era ser do contra. Ser gauche.


Por ter crescido numa família Flaminense, nunca me senti apaixonado por nenhum time. Mas sim pelo futebol. E, pela história de cada time. De cada título. E o Flamengo que eu conheci. O Flamengo da história, não era o Flamengo do time genial do Zico e Cia que caminhava a frente dos demais. O Flamengo de verdade, da história, era um time que se superava. Era um time onde a torcida, a estrela. Não tinha os talentosos assombrosos de um Botafogo de Didi, Garrincha e Nilton Santos. Sim, que me desculpem os craques rubro-negros do passado, mas eles não eram gênios, Deuses assombrossos do futebol. Mas juntos pareciam times mágicos. Capazes de derrotar adversários mais fortes. E desta teoria surge a magia da camisa e frases feitas cabotinas como "Deixou chegar, agora é nossa...".


Assim eu vi o Flamengo. Onde a arrogância da torcida era compreendida porque ela sabe que faz a diferença. E como sabe. Só foram sempre vitoriosos com uma equipe superior apenas naquele momento dos anos 80. No mais era a equipe da superação. Capaz de fazer o mais fraco vencer o mais forte. Mas sem apelar para um coitadismo. Pelo contrário, usar a força dos que querem a vitória. Foi assim na final de 92 e em diversos outros momentos de orfandade de talento como de um Zico ou de um Ronaldinho Gaúcho.


Assim eu vi o Flamengo. Um time de superação. Não de estrelas. De força de uma camisa. De contrariar matemáticos e teorias. E este ano de 2011, entendam, o Vasco é o Flamengo.

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