quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Petróleo, Royalties e Rio de Janeiro


Este post não é bairrista. Apenas apela para a inteligência. E bom senso. Coisa que nem sempre gera debate.

Tomamos a luta pelos royalties como um embate político. Mas vai muito além. E o Rio de Janeiro e os Estados produtores tem todo o direito, e dever, de lutar por uma divisão dos royalties que seja justa. E o correto é manter uma parcela maior com os Estados produtores.

Royalties não são meros impostos. Royalties são indenizatórios. Compensatórios. A definição do petróleo, atribuída ao ex Ministro venezuelano Juan Pablo Peres Afonso, é lapidar. "O excremento do diabo".

Por onde o petróleo passa, junto com o rastro da possibilidade do desenvolvimento, vem uma quantidade maior de problemas. Que vão desde a possibilidade de desastres, como o impacto social das demandas provocadas por inchaços de Cidades.

Então gritar pelos royalties não é coisa de carioca/fluminense. Não é algo apenas de responsabilidade deste ou daquele Governo. Não é um ato de Governo ou de governos. Vai muito além de lutar por um orçamento forte. Coisa que todo Governo gosta. Lutar pelos royalties é lutar pela justiça.

Foi oportunista quem teve a idéia. E é coisa de gente pouco séria dar prosseguimento a uma distribuição, onde a palavra "igualitária" nunca foi tão desigual ou injusta.

A União tem sua parcela de tributo, então que aumente a distribuição. Estes royalties não são para transformar o Rio de Janeiro em uma Ilha da Fantasia, mas sim para indenizar os problemas do rastro sujo do petróleo.

Exemplo dado hoje nas capas dos Jornais. A foto que ilustra este post.

A Chevron, mais uma vez a Chevron, trouxe um desastre ambiental para o Rio de Janeiro.

Bem ilustrativo, mexer com os royalties e ser igualitário é ser desigual com quem produz e arca um ônus deste "excremento do diabo".

E se os deputados e senadores resolverem perseguir o Rio de Janeiro, sugiro a quebra do pacto federativo e que o Rio de Janeiro declare sua independência de Brasília e se insira como membro da OPEP.
Claro que isto é uma brincadeira. Quem ama não se separa. E o Rio ama e resume o Brasil.

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