quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Lideranças religiosas

Quando o Sobel foi preso nos Estados Unidos roubando gravatas, um rabino que tenho grande carinho, me trouxe uma "moção" para assinar em "defesa do Sobel". Categoricamente me neguei. Disse que era um absurdo. Não por ser o Sobel um homem que ganhava na época mais de 20 mil dólares para ser o Rabino de São Paulo. Mas por ser um Rabino. E por ícone quase que o símbolo dos Rabinos no Brasil. No judaísmo o rabino é bem mais que um simples líder religioso. E por mais que Sobel tenha tido um papel decisivo na democratização do Brasil, aquela história de furtar gravatas - todas caras e de griffe - foi uma vergonha histórica que não deve ser esquecida.

Agora veio o padre da Igreja Nossa Senhora de Copacabana. Era o responsável pelas contas da Igreja. O "ecônomo" da Cúria. Mosenhor Abílio foi pego com 53 mil Euros "na cueca". Ele embarcava com 53 mil Euros sem declarar. Disse que eram as economias pessoais. Mas levar esta quantidade de economia só justifica se ele tivesse uma família grande em Portugal. Tipo com filhos e netos. E pelo o que eu saiba padres católicos não podem ter filhos e netos.

Aí nós vemos que o que está em crise não é a classe política ou a classe religiosa. O que acontece hoje é que graças a trasparência e a imprensa os fatos aparecem. E assim caem os mitos e vemos como ruim ou bom pode ser a humanidade. No coletivo e no caso individual.

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