terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Não vender ingressos em dia de jogos no Maracanã

Eis uma boa idéia. Quem organiza eventos de grande porte sabe do trabalho que isto gera. Controlar acesso e venda de bilheteria. Além do desconforto e tumulto para o público. Mas é importante ter inteligência e sensibilidade. E soluções. Criar locais que estejam abertos e com segurança.
Além de mecanismos para a compra antecipada, é claro.
Quando organizei o Campeonato em 2004 recebia uma chuva de e-mails solicitando ingressos. E de todo o Brasil.

Cada dia que passa caminhamos para uma "primeiro mundização" e a venda antecipada é um fato. Assim como a não presença dos nossos tradicionais repórteres de campo. Que na Europa só encontram os atletas escolhidos na sala de imprensa.

Em resumo, uma "primeiro mundização" por si só, nem sempre é uma boa notícia. É necessário adaptar as medidas as nossas realidades. As nossas reais necessidades.

Fui domingo ao Maracanã ver o Flamengo. E, mesmo sendo um defensor da "não venda de ingressos no estádio no dia do jogo", foi correta a decisão de abrir a bilheteria no dia. A idéia é boa, mas faltou comunicação ao fato.E entenda comunicação como Imprensa e publicidade paga propriamente dita.

Vi mais de 5 mil pessoas sem ingresso querendo comprar, querendo ir ao jogo. Muitos deles turistas. E no fim, entraram.
O resultado? O maior público da rodada no Brasil. Apesar de ser ainda uma "pré temporada" esta abertura dos Regionais, de muitas estrelas não estarem em campo, de ter feito um maravilhoso dia de sol, quase 40 graus, mais de 17 mil pessoas estavam lá.

Em campo não se tem nada para falar do jogo. Apenas o placar: Flamengo 3 a 2 no Duque de Caxias.

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