segunda-feira, 25 de junho de 2007

Rio, Brasília e seus mauricinhos


O caso dos mauricinhos que espancaram a doméstica Sirley, na Barra da Tijuca, e ao justificarem que não sabiam que era uma doméstica, "haviam pensado que era uma prostituta", me lembrou o comentário dos mauricinhos de Brasília que mataram queimado o índio pataxó, Galdino. E disseram que achavam que era "apenas um mendigo".

Difícil é não se indignar com isto.




8 comentários:

Frederico Alencar disse...

Pior de tudo é o pai de um dos infelizes pedir a palavra pra dizer uma besteira daquelas. "Eles são crianças que precisam continuar os estudos"???

Pelo visto nem começaram.

E a culpa é de quem, hein?? Depois de um comentário como esse, não tenho mais dúvida.

Toninho Lima disse...

Guto, imagine a cena: em casa, o pai vê um filme no dvd enquanto a mãe põe as fofocas em dia ao telefone com uma amiga. São 2 horas da manhã. O filho, de uns 19 anos saiu. Onde foi? Não sabem. Com quem? Não sabem? A que horas ele volta? Não sabem. O pai trai a mãe com uma colega do escritório há 2 anos. Ela, por sua vez, é amante do advogado da empresa dele há bem mais tempo. Porque o filho deles, estudante de Gastronomia, resolveu participar do espancamento cruel de uma moça humilde que estava no ponto de ônibus? Não sabem. Este é o retrato da atual família de classe média alta. Merecem o filho que têm. Quem não merece o destino que teve é a moça. Mais inteligente, mais honesta e muito mais digna do que os animais criados em apartamento que a espancaram por confundí-la com uma prostituta. É isso. O cara odeia a mãe e desconta nos outros.

elenice mori disse...

Deixa eu entender:
espancar empregada domestica nao pode, mas se fosse prostituta podia.
botar fogo no indio é crime mas em mendigo nào é ?
ë isto mesmo ?

elenice mori disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
gutograca disse...

Fredbdi,
Foi o que pode ser dizer "palpite infeliz" Abs

gutograca disse...

Amante Maduro,
Pior que a família também acaba sendo vítima. Inclusive os estudos de vitimologia mostram que as famílias que tem pessoas envolvidas em atos de violência também sofrem. Sem dúvida, você como pai saber que seu filho tá tacando fogo em índio, tá espancando gratuitamente gente indefesa. E espancamento covarde de várias pessoas, deve ser algo realmente que dói como um soco. abs

gutograca disse...

Elenice,
Pára o mundo que eu quero descer. O comentário conseguiu ser tão agressivo quanto o espancamento. bjs

Toninho Lima disse...

Prestei muita atenção ao que disse o pai da vítima. Uma verdadeira lição de civilidade e cidadania. Alguém ainda tem dúvidas de que uma boa base familiar independe de poder aquisitivo e acesso aos estudos? Quem criou ummarginal em casa? O pai da doméstica ou o pai do futuro advogado? Como pai posso imaginar a dor de ambos: o pai rico e o pai pobre. Mas, fica a sugestão para o Ludovico. Porque vc não paga a pena pelo filhote? Seria um belo exemplo para outros pais deste país.

TL