terça-feira, 6 de março de 2012

Cinema em tela pequena, muito pequena

Acredito que o confinamento do avião nos proporciona ver filmes. Com certeza depois do cinema e das cabines da FOX (aqui com uma ponta de saudade) o local que eu mais vejo filmes, são nos aviões. Apesar da micro tela contrariar a dimensão da "tela grande".


Hoje tirei o atraso em 5 filmes que eu estava querendo ver. "Vi Se beber não case 2". Divertido, mas daquelas coisas que o interesse financeiro foi maior que o prazer do primeiro, assim como Matrix. O que vem a seguir é digno, porém completamente dispensável.


Vi Horrible Bosses, uma espécie de "Strangers on a Train"("Pacto Sinistro") para dummies. Parece um seriado de TV, meio Two and a Half Man.


Parei para assistir e sentir, "Descendants". História boa. Bem contatada. Uma nova visão de drama. Coloca o homem como o "esteio afetivo" de tudo. E isto nem Frank Capra fez. Desta forma isto é novidade no cinema. O filme é bom. Apesar do moralismo onde "a mulher distante do marido se envolve com um cara e ela romanceia uma vida que o cara que ela se envolveu nem sabia que ela pensava num sonho tão tolo para sua fuga da realidade". Ou seja a mulher em coma é uma besta. Poderiam nos ter poupado do moralismo misógeno. Poderia haver algum tipo de retorno. Ou será que é sempre assim, a mulher faz papel de idiota e romanceia o que um homem casado vê apenas como uma pulada de cerca? Clooney está perfeito. Consegue ser humano. Ser pequeno. E ser grande ao mesmo tempo. Como devem ser os humanos e não arquétipos da vilania ou uma eterna alma de "Melanie" do E o Vento levou. A personagem com mais elevados padrões de caráter que o cinema já fez. O filme mostra esta nova Hollywood, que pega roteiros como Miss Sunshine, Juno, Spanglish, As good as it gets e faz um belo filme, sem a paranóia ou a inveja do bom cinema europeu e sem esquecer que estão fazendo cinema nos Estados Unidos.


E vi também New Years Eve. E neste confesso que chorei. E não foi pouco. A convenção de Genebra ainda vai proibir a partiicipação de animais e personagens terminais, principalmente os realizados por grandes atores, como De Niro, que de tão discreto, rouba a cena. E este filme, cheio de personagens, meio sem um enredo, com uma trama em aberto, resolve e entretem bem. E Nova York participa do filme como atriz e tema. De todos, o único que veria de novo. Por Nova York e por um De Niro em cima de uma cama esperando para morrer que me colocou repensando em muita coisa do que faço, fiz e farei. Bom quando um filme simples deixa a gente assim, pensando.


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