sábado, 3 de outubro de 2009

Jogos Olímpicos - Collor, FHC e Lula



Eu tive uma proximidade dos Jogos Olímpicos de Brasília 2000. Conferi a prepotência audaz dos despreparados - sim, despraparados audazes são um perigo. Ousadia sem conhecimento não é coragem. É imbecilidade. Basta dizer que prometiam fazer tenis de mesa ao ar livre e incluiram 4 cartas que falavam mal da Cidade. Sim não sabiam ler francês e alemão. Acharam chique duas cartas em francês e alemão.As cartas descascavam o Projeto de Brasília 2000.Pouco elogiosas não seria o termo. Uma delas falava que Brasília não tinha condições mínimas.  Eles colocaram as cartas na pasta. Colocaram com orgulho. Assim como a trajetória de Collor, ninguém se lembra desta tentativa de Brasília sediar os Jogos, capitaneada pelo Paulo Otávio. 

Aí veio Rio 2004. Uma aventura. Nosso projeto era bem pior que o de Buenos Aires. Mas , como o atual, também apelava para o emocional. Eu participei. Fiz roteiros. Criei anúncios. Participei de grupos de pesquisa. Era nucleado em torno do Ronaldo Cesar Coelho. Mas o projeto carecia de muita coisa. Em especial de carisma e coragem. Ficou pelo caminho. FHC não conseguiu aglutinar o Terceiro Mundo a sua volta. E Nuzman sozinho é apenas um cartola.

Rio 2016. Parece que aprendemos. Lula foi capaz de usar seu carisma pessoal. Sim é uma liderança caricata. Mas foi desta forma que nos incluímos no cenário mundial. Um operário. Uma liderança popular. Se não tem o saber bacheralado, despertou o interesse mundial pela sua trajetória. Ponto de quem soube aproveitar o clima de "lei de cotas" do Mundo. Soube somar a sua emoção a um projeto técnico. Que se não era o melhor, na soma das circusntâncias e carisma, o Rio de Janeiro ganhou. Os Jogos Olímpicos do Rio tem sim um padrinho. Goste ou não dele, favor colocar na conta o nome do responsável direto: Presidente Lula.

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