segunda-feira, 2 de julho de 2007

Violência assusta Cidade - Um carro roubado por dia em Lisboa


Não é ironia. A manchete de hoje no Diário de Notícias de Lisboa. E é assim que deveríamos estar a pensar no Brasil.

Criamos um hímem complascente com a violência, que não nos surpreendemos mais com furtos, com roubos e até mesmo com a violência física.

-Os assassinatos não vão nem mais para a primeira página.

-Roubos de imóveis, até mesmo na Zona Sul, deixaram de ser notícia.

-Assaltos em saída de banco idem.

Isto traduz muito claramente. Virou tanta rotina que nem mais notícia é.
A imprensa é o melhor termômetro.
Tudo ficou realmente banalizado.

Nada mais nos surpreende. A gente chega numa festa e comenta que viu um tiroteio. A resposta é como se você tivesse visto uma vendedora de flores : "Ah, é? Aonde?"

O Governador Sergio Cabral não precisa pedir que "os moradores da Zona Sul aprendam a conviver com um clima de guerra". Governador, faz tempo que já convivemos. Parece que ficamos foi sem vergonha e não nos indignamos com a violência. Aprendemos a conviver com a mesma. E o pior, aprendemos a aceitar. Uma onda engole outra . A cada ato violento, por mais dramático que seja, depois de 10 dias ele não dá mais notícia . Aí ficamos a aguardar mais um ato violento dramático que seja digno de mobilizar a Cidade.


Saudade dos batedores de carteira, dos puxadores de carro, ladrões de som de cd/toca-fitas dos automóveis. Estes pequenos punguistas. No Rio eles nem mais metem medo. E por seleção natural praticamente foram extintos.

Ao menos em Lisboa eles ainda assustam.



Um comentário:

Eduarda disse...

Há há há
muito boa a historia dos gaijos
Um carro por dia é violência. Aqui é um por dia na rua hheheheheeh
bjks