sábado, 28 de julho de 2007

Rio de Janeiro em sábados de chuva


Sempre acreditei que sábados de chuva no Rio são indulgentes. Eles perdoam a preguiça e o pecado de ficar em casa. Nada de dar um pulo no Jardim Botânico, um mergulho, uma caminhada no calçadão. Nada de caminhar por Ipanema, de uma água de côco no Arpoador. Olhar a fauna de Copacabana então, nem pensar.

Sábados de chuva são amigos do ócio.

Eles são indulgentes e compreensivos.

E nesta indulgência compreensiva de Tv desligada, cachorro brincando dentro de casa, de vontade de nada fazer, de desligar os telefones, de não responder e-mails. ..Bendito sábado de chuva. Hora de ouvir o Song Book de Duke Ellington cantado por Ella Fitzgerald.

Uma calma quase monástica na vida da gente.

Pois é, precisamos de sábados de chuva na nossa vida.

Para pensar em algo? Para refletir?

Claro que não. Precisamos de sábados de chuva para nada pensar.

E viva o Rio. Em dias de sol. Em dias de chuva.

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