terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Campeonato Brasileiro 2013


As cenas da briga das torcidas entre Atlético Paranaense e Vasco da Gama pela última rodada do Campeonato Brasileiro são fortes. São cenas de barbárie. Não me preocupo com a "Copa do Mundo". Na qualidade de quem vai para a quinta Copa, sei que durante o "reinado FIFA" , tudo fica diferente. Até na marcial Alemanha foi assim. Os estádios ganham um novo público. Que é capaz de entoar inocentes cantos como "Zum zum, zum passou um avião e nele estava escrito que o Brasil é Campeão..."

Também não vejo como um ato isolado do futebol. Talvez a estética da violência tenha ganhado a nossa sociedade global como um todo.  Sim, a imagem do País saiu arranhada. Demanda um gerenciamento de crise.  Não acredito que as cenas de ontem vão afastar torcedores que vem pra Copa. Mesmo porque os "torcedores de Copa" tendem a ser corporativos e ninguém abre mão de pacotes de Copa do Mundo FIFA. Porém o que é de mais lastimável é ver a condição de ser humano inexistente nos atos que ganharam o mundo. 


Foram mais de 60 Capas nos principais jornais do Planeta. 


Sobre o Campeonato Brasileiro. A queda do Náutico ocorreu antes do Campeonato começar. A do Vasco idem. Ponte Preta fez a figuração que poderia ter caído ou ficado. O Fluminense deu o maior show de incompetência. Não pode um dos 5 maiores orçamentos ter sido desmontado durante o Campeonato. Não existe desculpa que faça o campeão do ano anterior ser vergonhosamente rebaixado. Não culpem o acaso. Não houve o menor gerenciamento do futebol. Foi vergonhoso. E mais uma vez o Fluminense contrariou a lógica. Mas desta vez a lógica, que sempre parece estar do outro lado, estava ao lado do Clube.


O Cruzeiro ganhou. Campeonato medíocre. Mas sobrou na competição. Merecido.


Grêmio na Libertadores. Pela décima quinta vez.


Botafogo pode perder a sua vaga na Libertadores sem jogar.

(Reforçando a frase "coisas que só acontecem ao Botafogo)

Deco desistiu de vez.(Carlos Queiróz havia avisado). Fred se lesionou. Ronaldinho Gaúcho se lesionou. Um centroavante gordinho fez um monte de gols. Montillo não jogou nada. Seedorf mesmo aposentado sabe jogar bola. Carlos Eduardo do Flamengo tem o melhor emprego do mundo. Ganha 550 mil reais por mês para ver jogo e nem precisa comentar. E um campeonato que o símbolo dos pontos corridos é o Paulo Baier, precisa de esforços de marketing para não ser a celebração da mediocridade.


Outra coisa que esportivamente ainda não sei se consigo concordar. O tal do critério de número de vitórias para desempate. Quem mais ganhou, pode ser também quem mais perdeu. Fere sim o critério esportivo. Antes que digam que não buscou o empate covardemente, bem em campeonatos de pontos corridos , onde a vitória vale 3 e o empate vale um, o empate por si só já é uma punição. Eu puniria o ZERO A ZERO.


Então um campeonato esquizofrênico, onde o cair para a Segundona e a vaga na Sul Americana pode ser apenas uma vitória e um empate, foi descoberta a fórmula. Não temos um campeonato com critérios esportivos. Temos um "bingo".

Onde a diferença entre o rebaixamento e a classificação para a Sul Americana pode se resumir a uma vitória e um empate.
O Bingão da CBF.
E ainda querem falar de bom senso....



quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mídias independentes, manifestações

Vi muita gente boa. Sim gente antenada e inteligente que preferiu "fazer pouco" do movimento de mídias livres. E não estou citando apenas os emblemáticos Ninjas. Ok, quando os Ninjas tentaram entrevista eles foram rebaixados de Ninjas para aprendizes de Karatê Kid.

 

Não vou julgar que a cobertura on line de manifestação parece coisa para voyeur político. Ou que é o “Datena 3.0”. Ou que começaram a criar o Big Brother de manifestação... Ou que em breve vai ter comentarista de manifestação mais chato que a dupla Galvão e Arnaldo. Mas foram sim, os Ninjas, a novidade tecnológica e presencial das manifestações. E isto foi ótimo.

 

O RECADO DA RUA PARA CLASSE POLÍTICA FOI EXPLÍCITO. E o recado para os profissionais de comunicação também. Foi um recado diferente, mas falo como quem pesquisou estas manifestações : PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO, SE ATUALIZEM. Não busquem dar descrédito a mídia independente. Ela tende a se multiplicar. A se renovar. A cada mídia independente que se tornar vendida, cooptada, tende a aparecer novas mídias independentes. Num ciclo interminável. Seja com o diferencial da mídia, ou do conteúdo ou da tecnologia.

A informação hoje, definitivamente, não é mais patrimônio da imprensa tradicional.

A imprensa ainda tem o poder de influência. Ainda.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Fita K7, ainda mais longe...1986

Agora a arqueologia foi para 1986...

Mas só a caixa da fita permitiu saber o que tinha dentro...
Um lado.
Sim. A fita, assim como o "disco",  tinha lados.
Esta dizia UK-USA.
Não tenho a menor razão que me fez, eu adolescente, ter escrito isto.



 


 


 


 


 


 


 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Manifestações

Pense uma coisa: De sopetão tudo o que você acredita pode ruir. Sim, as manifestações recentes das ruas mostraram um novo paradigma. O qual a atual classe política, distante do povo, por ler apenas o que quer ler nas pesquisas, esquecendo a entrelinha, esquecendo o contato popular, pois bem, este político alçado a categoria de pop star, onde um staff de cabos eleitorais funcionam como um voto indireto, este político que ao ser eleito se comportou como um “novo rico do ego”, este mundo do Centro Social, óbulo, cabo eleitoral, influenciador de voto...este esquema vicioso, simplório pode estar para acabar...

O povo foi pra rua. Cantou o hino. Protestou. Ganhou a Copa. Comemorou. E continuou protestando. Viu como já mudou? Não basta mais o pão e circo. Tem que ter pão, circo e algo mais. O Brasil ganhou um Torneio com autoridade sobre o time mais badalado. Se em momentos anteriores isto bastava e o povo estava silenciado. Agora se pediu algo mais.  O algo mais  é Transparência.

Então alegar que os vândalos pertencem a este ou aquele grupo político é um erro. Já dá para categorizar o tipo de os tipos de “vândalos”.

Revoltado Politizado Ataca prédios públicos e instituições que representem opressão ou poder econômico. São difusos de serem identifiados, pois trabalham com emoção. Podem estar vestidos como quem saiu do estágio. Não costumam a ter figurino pré definido.
Grau de perigo para a sociedade: Baixo.

Revoltado sem causa Ataca prédios públicos, privados, conflita com a polícia. A manifestação é válvula de escape. Como um futebol. Podem estar agrupados em ordem ou lobos solitários que se agrupam, sem uma hierarquia pré definida. São facilmente identificáveis nas manifestações.
Grau de perigo para a sociedade: Médio.

Vândalo Pragmático O objetivo do caos é estabelecido.Pode ser para desmobilizar. Pode ser plantado, não por este ou aquele governo, mas sim de forma orgânica pela atual estrutura de poder com o objetivo de auto preservação por não conseguir compreender o momento atual. Em geral estão organizados. Tem alguma hierarquia. São facilmente identificáveis. Incluindo figurino antes mesmo de cobrirem rostos. Podem sim estar sendo fomentados por grupos oportunistas. Podem ser que acreditem numa ideologia extremada e estejam sendo usados por aqueles que precisam deles para ter um tempo para pensar e tentar compreender o momento.
Grau de perigo para a sociedade: Altíssimo.

Saquedor Nada mais do que um ladrão. Aproveitando o momento de inquietação, se aproveita. Não tem causa política ou motivação mobilizatória. Aliado a válvula de escape, baixo freio moral, é ladrão. Tal qual a frase, ocasião faz o ladrão.
Grau de perigo para a sociedade: Médio/Alto

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As mesmas canções...

Fiz um set list do que eu ouvia quando com uns 14, 15 anos... e sempre vejo que são as mesmas músicas que ouço até hoje.




Verdades e lembrança do meu Woodstock, o Live Aid...13/07/1985

 



Poderiam ser várias do Boss, mas escolho esta por ser a que fala direto.

 



Um pop sacana. E de quebra o clip é de um dos filmes que eu mais gostava.

 



E chegava na Sweet Home o DJ me via e colocava em minha homenagem.

 



E foi minha vó que me mostrou.

 



Visceral.

 



Meu chiclete de ouvido.

 



Resume toda uma época. A melhor do Rock and Roll. E fecha o ciclo. Apesar do mesmo ficar se repetindo por mais de 30 anos.

 



Meu disco preferido, quando eu me sentia brasileiro, era ouvindo o 10 anos depois do Benjor, digo Jorge Ben.

 



Uma espécie de oração, mantra pra mim.

 



Junto com Liszt foi assim que aprendi a amar o violino bem tocado.

 



Junto com Jack Daniels, Blues, Jazz e Coca Cola. God Bless America.

 



A canção que para mim é a Mãe do Rock and Roll.

 



But I m Just a soul whose intentions are good...

 



Só boas lembranças, sempre saudade.

 



Anti depressivo e túnel do tempo.

 



O Rimbaud do Século XX. Que letra. Ian Curtis Forever.

 



Para dias de sol.

 



Quando tudo está mal, ouça Ska.

 



Sou tímido espalhafatoso.



O registro em clima de sarau.

 

 



Os primeiros acordes. Pure rock. Simple.

 



I could be wrong...I could be right...

 



Do Rock BR seria a minha escolhida. Adolescente e adulta ao mesmo tempo.

 



Da MPB Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia estes são gênios populares de verdade.

 



Eterna.

 



Retrô futurista.

 



Meu Cult movie.

 



1,2,3, For Ever...

 



Soul da Alma.



Pop Bom.

Pop fanfa. Mancini. Nino Rota. Jobim. 3 Gênios. Nino Rota. E descobri Cole Porter no primeiro CD. No songbook by Ella. E Chet Baker no segundo CD que ganhei.

domingo, 23 de junho de 2013

Leve-me ao seu lider


De todas as charges, a que melhor explica o quase inexplicável momento. O MPL (Movimento Passe Livre) era  organizado e tinha liderança . Pode ser cooptado. Agora a Sociedade inteira não. E como a Sociedade é aberta, teremos reivindicações de setores progressistas, de setores mais tacanhos, de pessoas menos exaltadas, de pessoas exaltadas...a Verdade é uma só, o complicado será negociar, já que temos um País continental e com mais de 200 milhões de habitantes e o movimento é orgânico, sem lideranças específicas. E para os que estão nas ruas, a manutenção da chama acesa. Me parece que a Sociedade já escolheu suas bandeiras capazes de manter o povo nas ruas regularmente até o ano que vem,. Ano de Copa. Ano de Eleições. E no jogo, se ceder, pode aumentar a força das massas. Se negar, pode mantê-las vivas e acesas.
Quem disser que sabe como tudo acontecerá, não merece crédito. O momento é de ver com calma tudo o que ocorre. De certo, lendo a história e pensando como um laboratório, podemos afirmar que este movimento pode
GERAR CANDIDATURAS OPORTUNISTAS E SEM LASTRO, tal qual foi Collor e seu PRN.
E ao gerar este tipo de oportunista ou extremado, parte da SOCIEDADE PROCURA O SEGURO.
Então sem futurologia, o momento parece trazer a figura de Lula, num movimento quase que um "Queremismo", como o homem capaz de ser este porto seguro.
Lula, de incendiário a bombeiro.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Admirável Brasil Novo

O silêncio gritante de todas nossas lideranças, não só políticas, como artísticas, por exemplo, mostra que o momento que estamos a viver não é tão simples como ondas anteriores. O foco no Brasil é global. A cena mudou. A pressão internacional tenderá a apoiar as reivindicações por transparência da sociedade brasileira. Nunca fui otimista. Mas desta vez é inexorável. Os setores não estão organizados e agrupados para possibilitar a negociação com lideranças. Entendendo lado transparente e lado nebuloso da palavra "negociar". Os atores sociais estão difusos e não se agruparam por ideologia. Cor. Raça. Partido. Tendência. E são pragmáticos no sentido de atos. Apareceram no meio do difuso, reivindicações capazes de manter o povo nas ruas. A negociação é apenas uma: ceder. Implementar as mudanças dentro do quadro legal. Foi uma clara rejeição ao poder constituído. Não é uma crise institucional. Mas uma crise de legitimidade. Um recall. E o acesso da nova classe média. Quem achava que ela se contentaria em colocar a tv de plasma na parede e achar que a vida melhorou. Ela entendeu que é ator social. Paga impostos. Não recebe óbulo. Aquilo é seu por direito. Enfim a Sociedade decretou seu divórico com a estrutura de poder vigente representada pela forma de ser tratada. Os que decaíram, por crise e pelo óbvio. Os que ascenderam, por compreender que aquilo lhe havia sido negado e que agora quer o que tem direito, quer mais.
Agora viveremos período de povo na rua. Inevitavelmente algum ato extremado por algum lado. Mentalizo positivamente para estar errado e que não exista este ato extremado. Foco internacional. Ocupações. Só que detsa vez algumas mudanças serão implementadas antes da saturação. Quem sabe um post profético? Quem sabe uma decepção?

A foto deste post é um mural do Niemeyer que ilustra a Participação Popular. E ele  é projetado para "ser inacabado" passando a mensagem que a Participação Popular deve ser  contínua. Não pára. 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Toda forma de poder

Existe numa diferença muito clara entre o louvável ou justo elogio a figura pública e o pulsilânime  puxa-saquismo chapa branca.

A turma  do segundo time, os puxa sacos, até mesmo aqueles que a afinidade ideológica, acrescida de alguma verba, faz com que tenham a vista nublada, costumam a me provocar enjoos.

Com isenção, mas de quem assume que vê mais acertos do que erros no Governo Dilma, eu vos digo: aquela vaia não foi para a Presidenta Dilma em primeira pessoa. (Embora alguns setores assim desejassem na torcida pela sua queda de popularidade). Aquela vaia foi ao Poder constituído. Ao evento. A FIFA. Tanto que a mesma começou durante o discurso do Sr. Blatter. Que com presença de espírito, e de auto preservação,  conseguiu "tirar a vaia da cota dele" ao pedir "respeito e fair play " aos que vaiavam a Presidenta. Mas Sr. Blatter, aquela vaia era para você mais que tudo. Aquela vaia era para "toda forma de poder". E eventos da FIFA, ela faz de cada estádio, cada palco, uma espécie de seu Principado.

Converso com companheiros de várias esferas do Governo e falo que temos uma missão : Devolver a Copa e os Jogos Olímpicos ao povo.

Quando ganhamos o direito de receber estes eventos, comemoramos. Agora, parece  distante do povo.

Existe um vídeo com os Embaixadores da Copa :
Marta, Ronaldo, Bebeto, Carlos Alberto, Amarildo, Zagallo e  um menino vizinho do Itaquerão...ali o conceito, que a Copa do Mundo nós já ganhamos, está presente. E é isto que precisamos fazer. Envolver.

Mostrar as claras que o legado dos Grandes eventos existe sim. E é  muito mais que um estádio novo ou equipamentos turísticos. Passa pela economia como um todo. A ativação do nome do Rio e do Brasil em todo Planeta é um exemplo. O que vamos fazer com isto que é o desafio. Do Governo. E da Sociedade Civil.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Novo Maracanã


Tenho muitas histórias e memórias com o outrora "Maior do Mundo". Além do presencial, tenho seguramente mais de 500 jogos no Estádio, ele tem a minha memória afetiva. 
Pedra do Antigo Maraca, retirada em 2010.

Apenas de jogos: Lembro do meu primeiro Fla-Flu. Lembro do meu primeiro jogo de Brasileiro. Fora a imagem da primeira vista do Campo, seja pela abertura do elevador das Cadeiras/Tribuna, ou de entrar andando pela arquibancada. Lembro de ver Brasil perdendo, lembro do título da Copa América em 1989, da Classificação para Copa de 94, fora a alegria de vitórias e a tristeza de derrotas. Como é preciso para o esporte ser interessante. O esporte só vale com a dor da derrota e o júbilo da vitória. O resto é frescobol na praia.

Rotina profissional, pude organizar um Campeonato no Estádio. Ter Camarote no mundo adulto e Cadeira na infância. Ter ido em todos os locais, da Tribuna de Honra a Geral(um espaço mágico que não combina com o mundo moderno, que pena). Fora campo, sala de imprensa, vestiário, local de serviço...Ali eu conheci cada canto. Até a marquise.

De chegar no Maraca, as vezes na hora do almoço, depois de um quase matinal Arroz de Carreteiro e sair quando todos se foram, lá pelas 21h 30 min, depois da última resenha do rádio. 

De jogar bola na geral com os vendedores de mate. De chutar bola para o Taffarel.  E fazer o Gol da marca do penalti. Lembro, sem muita saudade, daquela Coca Cola nojenta que o cara colocava com uma máquina presa nas costas no seu copo ou do hot dog da Geneal. Biscoito Globo ultrapassa as fronteiras do Maracanã, ele é um patrimônio completamente carioca.

Ah, sem saudosismo, lembranças..de ir para o Estádio com o Velho Mendes (o avô postiço), de comentar jogos com o João Saldanha na sala de imprensa , (que me chamava de Brizolinha), de ver o Marcello (meu irmão postiço) zoar escrachadamente um comentarista pernóstico...

Exatamente o Maraca é um local que eu tenho minhas memórias afetivas e objetivas. Memória que envolvem mais que jogos, envolvem momentos e sobretudo pessoas.

Pessoas vão desde Avô tricolor, irmão, avô postiço, minha irmã rubro negra e apaixonada pelo futebol (estrela do comercial do Maraca), meus amigos(de todas as torcidas), meus irmãos, minha filha...

Nem vou falar dos ídolos que vi desfilar pelo Maraca. Nem das dores e delícias.

Nem mesmo do prazer de ter patrocinado que Marinho do Bangu colocasse os pés na Calçada da Fama.

Aquele estádio para mim continua incólume na minha memória. Ele ainda está ali. Igualzinho.

No lugar dele construíram um estádio maravilhoso. Não. Não é mais o "meu Maraca". Mas o novo estádio está como um dos melhores do Mundo. Falo sem arrogância mas com a experiência de jogos por todos os cantos do planeta.

O novo Maracanã está um Estádio maravilhoso.

Sim. Ele não é mais o "meu Maraca", mas está um Estádio de aplaudir de pé. 
Agora, cuidado com a cadeira depois de aplaudir de pé. 
Ela é retrátil.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Montevidéu


Antes de tudo, algumas vírgulas sumiram...


A primeira vez que estive no Uruguai, e eu era criança, disse que ele tinha um ar de antigamente, nas vezes seguinte a mesma coisa.

Agora compreendi a nostalgia que via em Montevidéu, perdão, Montevideo, assim como gosto de escrever "Uruguay", com "Y" em que pese a inexistência do "Y" em nosso idioma de Camões e Machado de Assis. (Assim como gosto de escrever Singapura com "S" mesmo sabendo que o correto é com "C".(Licenças poéticas não fonéticas.)

Pessoas são mais calmas, eu diria tranquilas, o tempo parece passar mais devagar, todos andam com suas garrafas de mate , digo chimarrão, ou fumando um baseado nas ruas , sim aqui é permitido como em Amsterdam.

Vejo "Montevideo" com um pouco do Rio de Janeiro de minha infância, do Brasil antes do nosso momento de "novorriquismo", um pouco dos Jardins em São Paulo da minha época de criança. Um pouco de Madrid anos 80. Algo que um dia tive, ou tivemos, e não mais temos. Como a inocência perdida. Não é mera nostalgia, é delicioso.

Dizem que o Tango nasceu aqui, se é verdade pura e simples, não sei. Mas, "La Cumparsita" é uruguaia. Assim como o alfajor. Assim como, talvez, Carlos Gardel. Que pode ser francês ou uruguaio. Quem sabe argentino. 

Bem, o Uruguai tem o tango e o alfajor, o melhor da Argentina sem Maradona e Messi. Um pouco de Brasil. Tem "Santerias" , uma influência musical africana e Carnaval. Um País com a população da Zona Norte carioca tem um pouco de coisas boas dos Vizinhos "grandes", Brasil e Argentina.

Chamam um rio de oceano, de Mar, pouco importa. O "rambling" é quase tão agradável quanto andar pela Orla do Rio. Quase. Pocitos, uma delícia, me parece ser um local agradável de se viver.

Quem diz que "não tem nada para fazer em Montevidéu, está enganado. Ou não tem sensibilidade. Ou não soube procurar. Claro, não tem a quantidade de opções turísticas que o Brasil tem. Maldade qualquer comparação. O Brasil é praticamente completo em todas as possibilidades turísticas. E tem o tamanho de um Continente.

O "Uruguay", apesar do "Maracanazo", é extremamente amável e simpático. Assim como o seu Presidente. Que figuraça o Mujica, tem o nome parecido com nosso Zé do Caixão, fisicamente lembra o comedidante Mazzaraopi, mas uma visão social muito além da social democracia globalizante e sem flerte com o populismo. 

Um País que 10% da população visita o Brasil por ano. Isto mesmo. Que tem carros antigos, antigos e não apenas velhos, circulando pelas ruas. Quase que no estilo "cubano".

Uma cidade, uma capital, com um jeito lento e calmo, que parece pouco povoada, pouco adensada e isto a faz ser bem agradável.

Enfim, como uma observação, que não é minha, mas de amigos que estavam comigo, um resumo : Montevidéu é "vintage". 

E isto é maravilhoso.


Alguns carros que vi em meia hora na rua.





quinta-feira, 28 de março de 2013

Imagem do Brasil no Mundo

Em breve apresentarei um painel mundial de pesquisa  com formadores de opinião sobre a imagem do Rio de Janeiro e do Brasil. Neste ano de inquietante agenda de malas pelo mundo, um trabalho gratificante. E a certeza de que estamos saindo do local meramente exótico para um País moderno e ator no cenário global.  A imagem , a percepção e a realidade.



Um exemplo, olhem o chá, da sempre "up to date",  David´s Tea, que cria uma nova forma para beber chás e infusões, sabor : Brazillionaire....
Parece que lá fora nossa imagem é melhor que com nós mesmos.

Estamos na esquina do Mundo. Vale notar e aproveitar o momento.

Brazilionaire.


Medium caffeine
Have you heard tales of the wealthy Brazilian eccentric? According to local stories, he was completely obsessed with Brazil nuts, the source of his fortune. He insisted on having them in every meal – even his afternoon tea! Was it needless decadence, or a stroke of genius? You’ll have to taste it yourself to decide. This fabulously opulent blend combines black tea with whole Brazil nuts, raisins and coconut. Trust us – it tastes like a million bucks.


http://www.davidstea.com/brazillionaire?&TF=9D4F560478B9&DEID=

sábado, 16 de março de 2013

Lembranças, infância

Um dos locais que mais me sinto carioca de alma, Paineiras. Aprendi a gostar de lá com meu pai e meu irmão. Lembro até de quando a Seleção Brasileira de futebol se hospedava no hotel que lá existia. Lembrei da trilha musical, no toca fita Road Star, da Alfa Romeo dourada do meu irmão que me levava até lá.

segunda-feira, 11 de março de 2013

quarta-feira, 6 de março de 2013

Chavez


Chavez não era "de esquerda". Assim como Lula sempre foi um sindicalista. Mas ambos sempre tiveram uma enorme  visão social. Talvez não tenham tido tempo para ler o mínimo de leitura "de esquerda" nos tempos de faculdade.

No futuro próximo, quando olharmos as orquestras sinfônicas pelo mundo, veremos um exército de músicos chineses e venezuelanos. Países que investem pesado na formação destes jovens talentos.

Peguei o exemplo da música erudita para que o pessoal do retardo social, a turma que não gosta de avanços e de distribuição de renda, compreender que visão social não é coquetel beneficente. É ação de fato.

Apesar de preferir o Chapolin ao Chavez, sejamos sinceros, o mundo perde a verve tosca e a sinceridade pragmática. E alguém que batia um tambor diferente. Que buscava uma visão social além do bom mocismo fake de direita travestido de modernidade.

E Chavez sempre foi eleito com voto popular, embora isto faça gemer a direita afetada. A mesma que critica a Venezuela e se silencia diante da China.

Deliciosamente ver o mesmo, ao ser entrevistado por um jornalista inglês, responder ao mesmo : "Você está completamente mal informado. Você não sabe de nada..." e em seguida emendar sua explicação.

Valeu, Chavez. Pessoas como você e o "Velho Briza" fazem falta neste mundo cada dia mais pasteurizado e mais adestrado em "media training". Cada dia mais chato. Mais igual. Mais sem coragem. Sin cojones.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Celebridades e talentos

Eu não compreendo muito este super mega culto a personalidade. Não vemos mais os jogadores de futebol como ídolos do esporte. Eles vão mais para as páginas sobre barracos, bebedeiras e salários que pela bola. Nós queremos ver isto? Eu pessoalmente não.  Com artistas a mesma coisa. Os virais mais fortes são os barracos, os deslizes, ou seja, não os vemos mais como artistas. Como mitos. Os vemos como celebridades. E talvez desta forma a proximdade excessiva, quase constrangedora como uma celebridade que exibiu em seu programa o exame ginecológico da família e uma colonoscopia do pai. Meu Deus, o que é isto?

Bem, de ídolos. Eu tive poucos. Pouquíssimos. Algumas preferências, mas ídolos poucos. Na guitarra, que me perdoem todos os meus guitarristas de rock ou gênios do jazz, eu adorava o Robert Cray. Achava que ele fazia o simples, fantástico. Não confessava, afinal ele era pop demais.

Fui ao show. Moleque impertinente. Entrei no camarim. E pós show. Estava ali. Eu e ele. Bebi uma Pepsi. Lembro bem. E me achando entre amigos e "me achando". Me oferecem uma guitarra. Eu na cara de pau coloco numa distorção perdida, pedalzinho laranja. Perfeito. E toco o único "riff" que sabia tocar, mas por ter colocado a distorção, os caras acharam estranho, talvez legal, pela "cara de pau" do moleque. Depois de algumas fotos, Robert Cray me dá a palheta dele. Agradeci. Estava extasiado. Mas, voltando pra casa, pensei "Ele é próximo demais para ser ídolo." Era esta a diferença, no passado os ídolos estavam distantes, hoje super expostos, exibem a sua vida, não mais a arte que apenas esperávamos.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Madri hoje

Frequento Madrid desde os anos 80. Quando ela era, para alguns europeus, algo fora da Europa. Vi sua alegria do Euro. E agora a vejo triste como na época "pre Euro", "pre Schengen"...porém maravilhosamente decadente. E como a vida é feita de ciclos, ficamos no aguardo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Real Madrid e Barcelona



Após o trabalho de oito até as oito, uma ida ao Maracanã, digo Bernabeu.

Toda vez que entro no Bernabeu me vem a imagem da Seleção de 82. Onde eu esperava encontra-la. Lembro até do Balão que subia com o Colombia 86. E a Seleção Brasileira de Falcão, Zico e Socrates, ficou no meio do caminho, assim como a Copa Colombia 86, que foi Mexico 86.

Madrid está triste como eu nunca a vi. A crise é bem sentida na Espanha e sobretudo no orgulho de grande nação. Ferida.

O metrô custa um euro e cinquenta, praticamente o mesmo preço que o metrô do Rio de Janeiro. Onde ganhamos em Real.

O jogo. Bem, todo jogo na Europa, até entre times populares, os estádios se tornam cada dia que passa um espetáculo mais elitista, talvez exceto na Alemanha onde o ingresso é bizarramente barato. Mas ingressos, equivalentes as nossas cadeiras, entre 85 e 140 Euros. E dentro do Estádio, que falta faz a nossa "Torcida". Um espetáculo a parte. Que vejam um Fla- Flu e depois me falem.

Europeu chega na hora do jogo. Claro. Seu lugar está marcado e respeitado. E a torcida do Real Madrid aguarda até o início do jogo para entrar completa. Parece um hábito da torcida tricolor carioca que sempre tem tempo para um último choppinho antes do jogo.

Jogadores se aquecendo ao som de música pop, de Queen, de música erudita, bem, fica um espetáculo meio patético, pois parecem estar numa coreografia fora do tempo. Um ballet desajustado.

Antes gols memorávies para a torcida do Real. E o Vasco da Gama devidamente homenageado. O gol de Raul, naquela final em Tóquio, passou umas quatro vezes. Dá-lhe Vascão. Vice Mundial não é para qualquer um.

Ligada calefação. Ainda bem que uso um casaco e camiseta. Pois estava no calor de Moça Bonita. Não entendia os casacos. Ali dentro estava mais quente que Moça Bonita as quatro da tarde com horário de Verão. Me senti fazendo bronzeamento artificial.

Que grama. Que contraste de uniformes. 

Na chamada dos jogadores, o marrento Mourinho, ainda que não seja unanimidade, disparado o mais aplaudido. Sempre acho que algo está errado quando o mais aplaudido é o técnico ou o DJ.

O jogo em si foi como todo jogo contra o Barcelona. Eles rodam a bola. Os baixinhos do Barcelona caem. Juiz marca falta. Messi desequilibra. O Real Madrid com um bando de jogadores que seriam recusados na Série B do Paulistão. Cristiano Ronaldo se futebol fosse um esporte individual seria um dos maiores de todos os tempos. E o resultado um empate. Um a um.

Depois um "barraco" uma confusão. O bom garoto e gênio da bola Messi teria cuspido em Arbeloa. Não sei o que Arbeloa fez em campo com Messi, mas se eu fosse torcedor do Real Madrid, também teria tido esta vontade.

A foto que ilustra este post é do Atlético de Madrid. Meu time por razões óbvias. Primeira: igual a camisa do meu Bangu. Segunda: Foi o primeiro uniforme da AAFC - Associação Atlética Flexa Carioca. Terceiro: a obviedade dos times óbvios é chata demais.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

É Carnaval

Quatro dias de Avenida. Desfiles. 
Alegria alcoolica de um ônibus de anônimos felizes. 
Para mim, cravo e canela. Sabores e cores. 
Café.
Alegria? 
Então para mim hoje é Natal.
E viva um iPod esquizóide.
Bela surpresa.
Ouço música de Natal o ano inteiro.
Assim é sempre dezembro na minha vida.
Feliz Natal.



Bateria da Beija-Flor
Mangueira exibindo o Mato Grosso e Copa do Mundo