Escrevo sem saber se deu Paes ou Gabeira.
Mas vale uma pequena reflexão do que fica desta eleição carioca.
Arranhão na imagem de Paes
Independente do resultado, Paes, que havia se preparado para ser um "cara moderno", sai desta eleição, arranhado. Se tornou um politicão das antigas. As práticas usadas na campanha não condizem com a imagem que o jovem e bom deputado sempre pareceu defender. Se comportou de uma forma excessivamente pragmática e, em alguns casos, pouco elogiosa. Como no estilo "sucesso a qualquer preço". Claro que caso a vitória venha, ele escreve sua história a partir da conquista e boa parte esquece.
Participação Popular
Pouco importa se Gabeira ganhou ou perdeu. Uma coisa que a gente não viu na década passada. "Participação Popular". A campanha de Gabeira, mesmo tosca e com poucos recursos, em função da história de vida do mesmo, foi capaz de agregar. Por mais que fosse um tucano verde, por mais que tenha atingido a direita encabulada e despolitizada, recuperou o "carioquismo" que andou em baixa nos anos "Rosinha-Garotinho".
Cabral e o futuro na Cidade
O mesmo "carioquismo" recuperado pela campanha de Gabeira, cria uma sinuca de bico para Sergio Cabral. Ele e seu candidato a Prefeitura, por encararem no segundo turno um Gabeira e não um Crivella. Se com Crivella eles teriam sua imagem de "cariocas e modernos" reforçadas, o enfrentamento a Gabeira, acabou por possibilitar a transformação do Governador na nova imagem e semelhança do casal Garotinho, que tinha uma rejeição absurda no circuito da "inteligentzia carioca". Cabral agora terá que fazer algo mais que caminhar na Orla "EM BUSCA DO CARIOQUISMO PERDIDO".