Não vou torcer nunca contra um time do Rio. Meu carioquismo, que nunca é bairrismo, pois cariocas não são bairristas, já que nós traduzimos um Brasil inteiro aqui. Como disse temos cariocas paulistas, cariocas argentinos, cariocas portugueses. Para ser carioca você não precisa negar sua origem. Bem, depois de 17 anos, o time que traduz um País, sim existem equipes que são emblemáticas e traduzem um País. E o Flamengo traduz o Brasil. Com seus contrastes. O Flamengo é a maior torcida na elite e na favela. Por mais que o Fluminense tenha sua aura elitizada, o Botafogo sua tradicional boêmia e vocação para a dor de cotovelo intelectualizada e o Vasco seja o verdadeiro time do povo, o Flamengo consegue ter tudo isto misturado. Sem um rótulo definido. Sim, os times do Rio são os verdadeiros times do Brasil.E isto se deve a Ari Barroso- o autor da Aquarela do Brasil, nosso Hino não formal e radialista, que com a Rádio Nacional transmitia os jogos para todo Brasil. Embora a tv atual, a força econômica dos anunciantes levem o Brasil a uma recente paulistização, incluindo no crescimento das torcidas, o Brasil fica mais leve, mais colorido, mais alegre, quando fica mais carioca. Inclusive no futebol. Boa Sorte Rio.
Footbal in Rio
I will not ever "cheer" against a team from Rio. My "Carioquice", which is never localism, because Rio is not localist, as we translate a whole of Brazil here. We have cariocas from Argentina, cariocas from São Paulo, cariocas from Great Britain. To be carioca you don't need deny their origin.
After 17 years, the football team that represents a country, can be National Champion. Yes there are teams that are iconic and reflect a country and Flamengo represents Brazil. With brazilian contrasts. Flamengo is the largest fan in the elite and the slum. As much as Fluminense has its elitist aura-like a english Chelsea, Botafogo its traditional bohemian and intellectualized and Vasco the real time of the poors. Flamengo have it all mixed. Without a label set. Yes, the teams of Rio are the real national of Brazil. Have supportres in all Brazil. One man is the author of great coverture of cariocas teams : Ari Barroso, the author of "Aquarela do Brasil", our anthem is not formal anthem, but when the first sound, and you said: "Brazil". Ari Barroso was radio speaker in the 50's. and Radio Nacional and transmited whole Brazilian territoire. So the Rio teams were national teams. Now, with the economic power of companies based in São Paulo and the advertising power, we live a "paulistização". Economic and natural for the power of money. And some teams of Sao Paulo become national teams. But, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco ever national teams. With fans all over Brazil. Rio, in the heart of Brazil. Good Luck, Rio.
A França sempre foi presente pra mim. Os "recuerdos" espalhados pela casa de vó, os discos de Aznavour do pai e aulas de D. Odette. Uma senhora francesa e ruiva que me alfabetizou no colégio com Rabelais. Bem, nunca fui francófano. Admito. Nunca morri de amores pela cultura francesa. Apesar de gostar da culinária normanda. Saber francês garante pedir um bom prato e bancar um ar um pouco pernóstico e quase afeminado.
Mas mesmo sem morrer de amores, sempre tive a França e Paris por perto. E depois de tantas idas e vindas, algumas delas por culpa da Varig com suas insistentes escalas em Paris, eu fui curtindo um pouco mais da Cidade Luz. Já consegui me espalhar por quase todos os arrondissements. Cada vez me hospedava em um. Já fiz Paris a pé. De bicicleta. De carro.(Em alguns momentos com vontade de atropelar os ciclistas). E, é claro, de metrô. Andar com aquele prazer de caminhar quase como um local, conhecendo as ruas como se estivesse em Copacabana, apesar de ainda embrulhar o pão no papel e insistir em mostrar que sou brasileiro e não um gringo de outra origem.
Lembro de dois filmes que via dia sim, dia também ainda em VHS, "As loucas aventuras de Rabi Jacó" e "O dia do Chacal". Os dois ambientados em Paris, transformaram a cidade em algo corriqueiro para mim. Fora o Louvre, que antes de vê-lo pela primeira vez aos 20 anos, eu já conhecia. Graças aos trabalhos de Dona Odette. Então não era uma Cidade que eu descobria, eu apenas vivia o que já tinha vivido nos livros, discos, fotos e filmes. Emocionava a presença, não a descoberta.
Em Paris comecei um casamento. Muito tempo depois, tive a certeza do fim dele também. Sem tramas ou dramas. Depois, um teste: uma nova chance. Uma nova história sendo escrita diretamente daquela Cidade. Vi minha filha zombar da Gioconda, com a acidez de humor que se faz necessário a quem merece um sorriso pela inteligência. Então, no Ano da França no Brasil, que está quase chegando ao fim. Viva Paris.
Acredito que a Place des Vosges fica aqui na minha esquina. E que fumo um Cohiba e bebo Calvados , sem ninguém me incomodar. E continuo invicto sem ter ido a Versailles.(Mas isto eu não conto pra ninguém) No título, parodiei Win Wenders.
Paris, France
France has always been present to me. The trip gifts and goods around the house of grandmother, the Aznavour in father's songs and lessons by Madam Odette. A French lady with the big red hair who taught me the A B C with Rabelais. Well, I was never francophone.I never fall in love with French culture. Ok, I love Normand Recipes and Cuisine. If you know French , you can ask a good meal and pay for a air a little pedantic and almost effeminate. After so many trips to Paris, some fault with our deceased Varig , wich repeated stops in Paris, I was enjoying a little over the City of Light. I have managed to spread almost all the arrondisements . Each time I stayed in one. I've done Paris on foot. Cycling. By car. (At times, willing bypass or to run over cyclists). And, of course, the subway. Walking with that pleasure to walk almost like a place, knowing the streets as if in Copacabana. I still wrap the bread in paper and insist on showing that I am Brazilian and not a foreigner from another european country. I remember two films , I saw many times, also still on VHS, "The Adventures of Rabbi Jacob" and "The Day of the Jackal". The two set in Paris. Transformed the city into something commonplace for me. Outside the Louvre, before seeing it for the first time at age 20, I already knew. Thanks to the "Dona Odette's homeworks". Thank you very much indeed, Madam Odette. So it was a city that I discovered, I just lived what he had been in the books, records, photos and movies. I had seen. I already knew. Now, I lived. Just this. In Paris got a marriage. Later, 10 years, I was sure the end of it too. Without drama. In Paris last year, a test: a new chance. A new history being written directly to that city. Thank you Paris. The romanti City. I saw my I saw my daughter make a comment with verve about The Gioconda. With the acidity of humor and inteligence that is necessary to who deserves a smile. 2009 the Year of France in Brazil, which is almost over. Viva Paris. I believe the Place des Vosges is here in my corner. Yes, is nearest. I smoke a Cohiba and drink Calvados, without anyone bothering me. And I'm proud of never having gone to to Versailles. (But this I did not tell anyone) I parodie this title - Wim Wenders, of course.
O falecido Chacrinha tinha horror a programa ao vivo. Eu adoro. Alguém tem que dar uma maracujina ou calmante ao Datena. Como conseguir de certo ficar errado em poucos segundos. E a cara do Luxemburgo é impagável.
Hoje é dia do samba - coisa que difere daquele pagode de mauricinho corno ou de bebum balbuciando meia dúzia de sons sem sentido e com a presença constante da palavra "Sapucaí", bem falava o saudoso João Saldanha que "queria ver o dia que colocassem o desfile na Almirante Cochrane, ia enlouquecer o compositor. Então, "eu sou o samba" e a presença da Velha Guarda da Mangueira, nosso "Buena Vista Social Club"
Today is the day of the Samba. The song "Eu sou o samba" -I'm the samba . And with the Velha Guarda da Mangueira, our Buena Vista Social Club.
Deixemos as piadas no campo das piadas. E levemos com bom humor. A resposta do Prefeito Eduardo Paes ao bom e chato ator Robin Willians por sua piada de mau gosto foi precisa :"Dor de Corno". Não sejamos pesados. Ele pegou muito mais pesado com a Primeira Dama -Michelle Obama e com a Ophra. O Rio foi um detalhe. E vamos aprender a rir da piada. Afinal ganhamos. E o Rio sempre teve bom humor. Aos que acharam ofensivo e ficaram chocados, isto é coisa de paulista. Sejamos mais cariocas e menos caricatos.
Só falta algum chato pedir "boicote" aos filmes do chato.
No meu livro Poesia Carioca ®Francisco Alves Editora 2000, tem uma "versiprosa" sobre o Rio dos anos 80. Vendo o Flamengo vencer, pareceu que a Cidade acordou com uma ressaca feliz. Como sou um torcedor pelos times do Rio - que me desculpem as rivalidades regionais, mas não consigo torcer contra o Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo.Quem sabe semana que vem a gente não veja o Flamengo campeão e todos os times do Rio na Primeira Divisão?
A última megalópole feliz do mundo
Conversa com o jornaleiro, uma brisa morena no ar, mau humor do português do botequim e a cidade insuportavelmente feliz com a vitória do Flamengo.
É assim que eu me lembro do Rio da minha infância.
A Ladeira da Misericórdia, um pequeno pedaço ainda existente -cerca de 40 metros - da subida do antigo Morro do Castelo, núcleo inicial de nossa Cidade. Um local histórico com calçamento ainda pé de moleque , está abandonado. Um pedaço histórico que está completamente abandonado. Transformado em banheiro de mendigos. Uma pena.
Desde janeiro temos relato de acidentes envolvendo ônibus com vítimas, algumas fatais. Praticamente um acidente por semana. Será que as empresas estão negligenciando algo? Não cabe uma investigação?
Carioca, por acaso brasileiro. Com muito orgulho. Orgulho do acaso e muito orgulho de ser cariocamente brasileiro.
Consultor de marketing,publicitário, jornalista, poeta e escritor.