O Botafogo é uma instituição carioca e um dos maiores times da história do futebol mundial. Sim, onde Didi, Garrincha e Nilton Santos jogaram, é um campo santo. Isto ficando apenas num triunvirato dos gênios do futebol mundial.
Mas o Botafogo carrega com ele o "botafoguismo", onde mais importante que a vitória, é o reclamar após o jogo que foi roubado. Sim, pois o Botafogo não perde. "Ou ganha ou é roubado". Palavra de botafoguenses de todas as idades.
Botafoguense sabe a escalação do time Vice-Campeão de um turno na década de 70 e ainda cita o erro/roubo do juiz que aconteceu naquele fatídico jogo, mesmo que o mesmo tenha acontecido numa chuvosa quarta-feira. Se o erro ocorreu ou não, não precisa, afinal para um botafoguense de verdade, o Botafogo não perde por vias normais.
Da mesma forma que acredito que Zico e Garrincha foram ídolos diferentes de suas torcidas. O Gênio das pernas tortas tem uma história tipicamente rubro negra, brasileira, ao passo que o Galinho de Quintino tem a cara do Botafogo. Zico com seus pequenos dramas e grandes injustiças é a cara do Fogão.
Agora chega o risonho, feliz e aparentemente leve Seedorf.
Como o Flamengo teve uma eleiminação digna de Botafogo na Libertadores, (aos 47 do segundo tempo com gol em outro jogo - Veja aqui), o Botafogo ter um craque que é a cara do adversário é plenamente normal.
Seedorf já contaminou positivamente o ambiente do Botafogo e do futebol brasileiro. Agora se o craque, que foi capa de video games no seu auge, vai responder em campo, é uma aposta. Futebol para jogar este Brasileiro ele tem.
Ficamos na torcida.
Independe de Clube. Parabéns ao Fogão. Pela aposta e por ter feito a contratação mais midiática do ano.
E como o cara parece ainde ter bola, não ficando apenas no critério de factóide para imprensa, sei não, mas Bota se junta ao grupo que vai brigar por título de verdade.