Eu não compreendo muito este super mega culto a personalidade. Não vemos mais os jogadores de futebol como ídolos do esporte. Eles vão mais para as páginas sobre barracos, bebedeiras e salários que pela bola. Nós queremos ver isto? Eu pessoalmente não. Com artistas a mesma coisa. Os virais mais fortes são os barracos, os deslizes, ou seja, não os vemos mais como artistas. Como mitos. Os vemos como celebridades. E talvez desta forma a proximdade excessiva, quase constrangedora como uma celebridade que exibiu em seu programa o exame ginecológico da família e uma colonoscopia do pai. Meu Deus, o que é isto?
Bem, de ídolos. Eu tive poucos. Pouquíssimos. Algumas preferências, mas ídolos poucos. Na guitarra, que me perdoem todos os meus guitarristas de rock ou gênios do jazz, eu adorava o Robert Cray. Achava que ele fazia o simples, fantástico. Não confessava, afinal ele era pop demais.
Fui ao show. Moleque impertinente. Entrei no camarim. E pós show. Estava ali. Eu e ele. Bebi uma Pepsi. Lembro bem. E me achando entre amigos e "me achando". Me oferecem uma guitarra. Eu na cara de pau coloco numa distorção perdida, pedalzinho laranja. Perfeito. E toco o único "riff" que sabia tocar, mas por ter colocado a distorção, os caras acharam estranho, talvez legal, pela "cara de pau" do moleque. Depois de algumas fotos, Robert Cray me dá a palheta dele. Agradeci. Estava extasiado. Mas, voltando pra casa, pensei "Ele é próximo demais para ser ídolo." Era esta a diferença, no passado os ídolos estavam distantes, hoje super expostos, exibem a sua vida, não mais a arte que apenas esperávamos.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
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