sábado, 6 de setembro de 2008
Saudade ibérica
A trilha espanhola é por minha conta.
Presuntos Implicados.
"Como hemos cambiado"
Posts musicais e pessoais.
Fausto Wolff
No começo dos anos 90, o Antonio's ainda resistia no Leblon. Na mesa, Fausto Wolf me dá uma sacaneada : "Lê Proust, cita Borges e é heterosexual...coisa rara na atual geração..."
O bate papo continua e ele me fala:
Rapaz, mais ou menos faça o seguinte, tudo o que eu falar para você, faça exatamente ao contrário..."
Bom de texto. Bom de verve.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Rubéola - E ninguém fala nada...
Sinceramente, não sou médico, mas meus neurônios trabalham.
E minha vista ainda não se cansou de ler na "entrelinha".
Não se trata de "teorias da conspiração", mas...
O Brasil assina um pacto com a OMS -Organização Mundial de Saúde para erradicar a Rubéola do mundo.
Claro que isto foi uma pressão da OMS, que deve estar sendo pressionada por laboratórios que vendem a vacina de rubéola. Ok, assim é o capitalismo.
Criou-se um temor da rubéola como se a mesma fosse prima do ébola. Patético. Objetivo: dar saída nas vacinas compradas pelo Ministério da Saúde.
O que me espanta é ninguém da imprensa ter puxado esta versão.
Todo mundo tratando a "erradicação da rubéola" como se fosse a ordem do dia. A salvação para a saúde do Brasil.
Sobram perguntas...
Vamos apurar quais são os laboratórios que tem interesse nesta venda de vacina?
O que o Brasil ganhou assinando este pacto pela erradicação da rubéola com a OMS?
Qual o custo da rubéola aos cofres da saúde nos últimos 5 anos?
O que em números a rubéola causou no ano passado? Casos, problemas etc...
Quanto foi o investimento para esta campanha de vacinação agora em 2008?
(Publicidade, mobilização, remédios)
É por estas e outras que no Brasil a lepra tem casos como nas mais pobres nações africanas-aqui mesmo no Rio de Janeiro. Por isto que no Brasil se morre de dengue, de tuberculose...Mas da rubéola, o Ministro Temporão-que diversas vezes se sai bem, desta vez serviu de lacaio da OMS e ajudou aos amigos a vender vacinas, (sabe-se lá se estavam encalhadas). Ah, globalização que ainda trata o terceiro mundo como terra de oportunidades do colonialismo.
O Brasil precisa de um plano de saúde que considere a nossa realidade. Fábrica de vacinas. Pesquisas e estudos de doenças que laboratórios internacionais não se interessam mais. Ou de doenças tropicais. Países com problemas de nações miseráveis como o Brasil poderiam liderar isto. Aí sim é um terceiro mundismo interessante. Se bobear, o Chavez pega uma bandeira desta.
Um assunto chato: "Pimenta, de novo" - Por Luiz Garcia
Um criminoso, estilo "coroa corno" do Estadão, dá diversos tiros nas costas de uma jovem ex namorada e sai livre rindo da sociedade e dos pais da jovem que ele tirou a vida. Friamente. Cruelmente.
Fico pensando, se um louco resolver matar o Pimenta Neves, a culpa será de quem?
O Globo |
5/9/2008 |
Há assuntos que cansam pela repetição. Insistir neles mostra falta de informação ou de criatividade de quem escreve. Admito estar exposto às duas acusações se volto a falar no caso triste do jornalista Pimenta Neves, o homem que o Judiciário brasileiro não consegue botar na cadeia. Defendo-me: não é falta de novidades, muito menos de temas mais quentes. Acontece que o caso de Pimenta é especial: deve-se voltar a discuti-lo simplesmente porque, mais uma vez, seus advogados souberam usar características - ou defeitos - do sistema judiciário brasileiro para manter o jornalista em liberdade. Oito anos atrás, Pimenta - jornalista do primeiro time da imprensa paulista - matou, com tiros na cabeça e nas costas, uma namorada, 30 anos mais nova que ele. Ela anunciara o fim do romance, ele marcou um encontro num haras em Ibiúna e a fuzilou. Apesar de uma quantidade de provas e de testemunhas, o caso tramitou na Justiça paulista com lentidão exasperante. Pimenta sempre teve advogados hábeis e imaginosos. Não era possível evitar a condenação, mas eles conseguiram que o réu não passasse mais de alguns meses na prisão, e sob o regime camarada que o sistema reserva a réus com diploma e dinheiro. Agora, no Superior Tribunal de Justiça, a defesa tentou anular a condenação pela Justiça de São Paulo a 18 anos de prisão. Um detalhe é significativo: o juiz singular o condenara a 19 anos de reclusão, e o Tribunal de Justiça cortara um ano da pena porque Pimenta confessara espontaneamente o crime. Leigos têm direito a estranhar: que valor, que mérito tem essa espontaneidade, quando o crime foi cometido à luz do dia, na frente de testemunhas? Mas é a diferença que faz um advogado esperto e bem pago. No capítulo desta semana da triste novela, o STJ cortou três anos da sentença. Os ministros acharam que o juiz paulista exagerou na avaliação do trauma causado pelo homicídio na família da namorada. Não dá para discutir: avaliações do sofrimento alheio são sempre subjetivas. E esse não é dado mais relevante nessa tragédia sem desfecho. O que realmente faz diferença é o fato de que Pimenta ainda não vai para a cadeia. Só quando se esgotarem todas as possibilidades de recurso. Pode-se prever que, com a sua pauta pesada, o Supremo Tribunal Federal não vai julgar o caso tão cedo. Bons advogados podem garantir isso. E, é preciso convir, um réu de 71 anos talvez não disponha de 17 anos para oferecer ao sistema penal. Certamente o caso tem algumas características excepcionais. Crimes de paixão executados com frio planejamento são raros nas camadas mais rarefeitas da sociedade brasileira. O caso de Pimenta certamente não estimulou imitadores. Mas não é pelas circunstâncias do crime que ele desperta atenção especial. Mas sim pelo fato inegável de ser exemplo eloqüente da fragilidade do sistema jurídico em face da estratégia da postergação. O problema todo está na idéia do direito à liberdade até a condenação final. Pareceria mais justo admitir esse privilégio em circunstâncias excepcionais, claramente justificadas. Mas não, por exemplo, quando um cavalheiro matou premeditadamente e pelas costas alguém que ferira apenas o seu orgulho de macho. |
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Cartola - Acontece
"Acontece". Cartola. Poderia ser "O mundo é um moinho" , daqueles sambas tristes que falam com a alma. Que tem a lágrima da emoção sincera.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Acidente na corrida e omissão da imprensa
Curiosamente a imprensa praticamente omitiu o acidente com vítimas, inclusive uma criança.
Os dados sobre um acidente como o que aconteceu? Como foi? Nome das vítimas...Praticamente foi ignorado.
Estranho não?
Lagoa, Ipanema, Cagarras...
Uma imagem fala mais que qualquer palavra, que me perdoem os poetas, mesmo porque o Rio de Janeiro, quase sempre nos deixa sem palavras.
Não podemos negar: morar nesta Cidade é um dos maiores salários indiretos que alguém pode ter. No dia que houver uma política de inclusão social-sem pilantropistas metidos a ongueiros modernos, mas no dia que tivermos uma política social, pensando realmente em quem precisa como um ser humano e não como um título de eleitor, pode ter certeza que nenhuma Cidade no planeta será capaz de superar o Rio.