Noodle salad.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Diálogos precisos
Melvin é uma entidade. Este seu "diálogo" é preciso. Seco. Direto. Delicioso. Para entrar nas grandes "quotes" da história do cinema.
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Duke Ellington - Ele merece
Cariocas não são bairristas
O Rio de Janeiro foi uma cidade que inventou a globalização antes desta palavra existir. Basta uma bola na praia e ninguém se interessa em saber seu nome. Sua origem. Classe social. Se você estiver com a camisa do Barcelona com o nome do Messi nas costas. Pronto. Seu nome é Messi.
No Rio de Janeiro você vê Presidente de multinacional tomando um "choppinho" num boteco conversando sobre futebol com um humilde trabalhador. Amigos de chopp.
O Rio de Janeiro usa camiseta e havaianas. E tá todo mundo igual. Pronto.
Os jornais do Rio são : "Jornal do Brasil", "O Globo", "O Dia"...nada referente ao nosso Estado. Como em Minas ou São Paulo(Folha e Estado).
O Rio até perde em representação política. O parlamentar do Rio tem "vergonha" de ser "bairrista". De defender causas importantes para o Estado. Como os Royalties do Petroléo, que agora querem tungar o Rio. Parlamentar do Rio quer pensar o País. Afinal, alma de Corte. Dificil conseguir ser "provinciano".
Quando o Brasil era Rio de Janeiro, o Brasil não era um enorme programa de auditório com BBBs disputando uma audiência na TV. Não é saudosismo, é constatação. Tinha mais massa crítica.
O Rio tem um pouco do nordeste, do sul, do norte. Tudo misturado, dando uma receita nova com uma cara, a cara do Rio. A cara do Brasil.
Aqui o Tutu mineira ganha uma nova versão. A moqueca capixaba vira capixaba, mas acariocada. O acarajé fica menos "quente" e até o "fogo paulista" e o "Bauru" tem versões tipicamente brasileiras, quer dizer cariocas. Muda o original, permanece a essência. A essência do Brasil.
O Rio teve coragem de eleger, durante o Regime Militar, o seu maior inimigo para Governador.Talvez uma eleição única no mundo.
No Rio de Janeiro, o "fenômeno" Collor, não vingou em 89.
No Rio de Janeiro você encontra cariocas de todas as partes do mundo. Conheço cariocas argentinos, cariocas mineiros, cariocas pernambucanos, cariocas gaúchos, cariocas cearenses, cariocas franceses. Ser carioca é escolher o Rio. E para isto você não precisa negar sua origem. O Rio de Janeiro não é ciumento.
O Brasil fica mais brasileiro quando fica mais carioca. O Rio de Janeiro é resumo do Brasil. Sem pretensão de ser melhor. Apenas de ser o resumo de um País como tanta multiplicidade maravilhosa. Com tantos "Brasis". E o Rio aceita com carinho todas estas influências, como uma Cidade de mar. Aberta as novidades.
Não é bairrismo. É constatação.
O Rio mora no coração do Brasil, porque o Brasil inteiro mora no coração do Rio.
PS: Esta foto não é minha.
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Oscar 2009
Claro que Sean Penn é um excelente ator. E seu desempenho em Milk deve ser memóravel(ainda não vi), mas é incrível a predileção da grande mídia por personagens que sejam homosexuais ou pertencentes de algum tipo de dita minoria. Como no caso ao interpretar o assistente do Prefeito de São Francisco, Harvey Milk. Primeira personalidade pública assumidamente homosexual nos Estados Unidos. Sean Penn sabia que tinha mais alguns pontos sobre os rivais.
Não sou nem um pouco homofóbico, (cada um tem direito a sua opção) como diria Seinfeld - "not there's anything wrong with that", mas cada dia que passa eu vejo que parece existir um movimento estranho. Talvez, num futuro próximo, com esta estética maluca e o politicamente correto e pouco inteligente campeando, onde sermos heterosexuais seja considerado um crime de homofobia.
Um pouco da cena final do episódio onde George Constanza e Jerry Seinfeld são confundidos com um casal gay. E procuram negar, mas sempre com a preocupação de dizer que não existe nada errado com quem é. ("Not There's Anything Wrong With That")
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Carnaval e praias lotadas
Meus últimos 3 Carnavais foram longe do calor, de nossa maravilhosa Cidade e do Carnaval propriamente dito.
O que constatei com esta pequena distância:
O Carnaval de rua do Rio voltou.
Minha geração foi orfã do Carnaval de rua, que agora retornou em grande estilo.
Com isto, aquelas barangas e aquelas gordinhas que se despencavam para Bahia e coisas similares, com intuito de se sentirem menos feias e melhorar a auto estima, resolveram ficar por aqui.
Junta isto com a crise, menos gente viajando pra fora do País, mais o fascínio que o mar e o Rio de Janeiro exercem sobre os mineiros, mais os turistas que vem pelo Carnaval, resultado desta equação, Cidade lotada.
Já foi tempo que no Carnaval o Rio ficava maravilhoso até para quem não gosta de Carnaval. Praias menos cheias. Bons restaurantes vazios e cinemas desertos. Quase um paraíso terreno.
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