Estes momentos de espetáculo ou ficcional podem ser inocentes. Podem ter algum fundamento no interesse do dono da palavra, do veículo. Como algumas pessoas alegam a cobertura dos arrastões na praia de Copacabana na véspera de eleições municipais, tinham interesses diferentes que a mera notícia.
No caso da greve das polícias, longe de entrar no mérito, na justificativa, de citar parlamentares possivelmente envolvidos, da boa presença da Presidenta Dilma, ou da própria greve, se atendo apenas na cobertura da imprensa, até agora a mesma foi madura. Precisa. Não usou o espetáculo para "vender o medo" e com ele capas de jornal. Fez um pacto silencioso. Não com este ou aquele governo. Fez um pacto silencioso com a sociedade. E nos jornais uma cobertura que me lembra muito a cobertura de casos que acontecem em Israel. A imprensa noticia. Não omite. Mas não transforma o ato em espetáculo.
Em resumo, parabéns a maturidade da imprensa carioca. Que "não bateu palma para maluco dançar".