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Houve um tempo e eu era moleque, havia no O Globo um Colunista. Na parte de Esportes (ainda não era "Caderno de Esportes", Caderno, só em momentos especiais) seu nome era Otélo Caçador. Na sua Coluna- Penalty - tudo era assumidamente passional. O Flamengo, por exemplo, quase nunca perdia no seu "Placar Moral". Tudo era leve e descarado.
Eis o nosso momento atual.
Tudo está muito estranho.
O equilíbrio parece não mais existir.
A maior parte da imprensa e do que lemos de amigos, parece se comportar com a parcialidade do Otélo, porém sem aquela leveza característica. Ler ou conversar com alguém favorável ao Governo Federal, parece que tem a missão de lhe convencer do que não cabe convencimento. Ler ou conversar com alguém da oposição ao atual Governo Federal, vem na mesma outra missão panfletária de tentar lhe convencer do que não faz sentido. E o grave, quando você, concorda apenas em parte (pois poucas vezes os errados -dos dois lados- estiveram tão certos e errados ao mesmo tempo), você simplesmente "virou inimigo". Parece existir a necessidade de uma concordância de porteira fechada. Como se o maniqueísmo como única fonte de saber.
Do Certo e do Errado.
Como num "Mundo das Idéias".
Estranho ver a sociedade que deveria amadurecer, ficar buscando entes externos para resolver seus problemas. Estranho ver que uma sociedade que poderia ter ficado mais justa e tolerante, ficar mais intolerante. Estamos em processo de retrocesso, amigos. Eis a necessidade do cuidado.
Opinião divergente e diferente é salutar. Imposição não. E maniqueísmo quase sempre é burro. E sempre limitante.
Fechando com o Otélo - havia o Diploma de Sofredor, quase sempre era zoando as outras torcidas que não a do Flamengo. Era interativo antes da palavra "interatividade" existir como definição na mídia. Você preenchia do seu jornal, recortava e entregava ao seu amigo.
O Brasil está perdendo para a ignorância.
Estamos perdendo o critério.
Como o 7a1 que não termina.