sábado, 20 de março de 2010

Verão-Outono

De uma forma educada que não condiz com o Verão. Lentamente. Se foi. Uma Estação com pouca educação este tal de Verão. Gosta-se, mas decidamente é uma estação mal educada. Pois hoje o Verão se foi. Por mais que pareça onipresente para nós cariocas. O Verão nos deixou as 14 horas e 32 minutos deste sábado ensolarado. Quem tem sensibilidade-e não se trata de sensibilidade poética, mas na pele, sabe bem quando o Verão se vai. Hoje na pele, um sol mais tímido. Estava calor, como sempre no Rio. Mas o sol não tinha mais aquela força e as pessoas pareciam seguir o sol. Estavam mais educadas, ou talvez mais contidas. Prefiro este Verão mais polido, um pouco mais formal, que parece pedir licença para alguma coisa. Este Verão em que a cidade fica mais agrádavel, este Verão que no Rio se chama Outono.
Bem-vindo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Post Musical de sexta

Um engarrafamento. E a vontade de detonar todos os clichets. Nada melhor que detonar clichets, chatos e pernósticos.
Aqui detonando, literalmente, um dos maiores clichets do cinema
"Cool Guys don't look at explosions"

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sobre os Royalties do Petróleo


A existência dos royalties do petróleo difere de um mero imposto para resolver questões sociais de um País com uma gigantesca dívida social. Royalties são para compensar e indenizar os problemas que o petróleo, batizado de "excremento do diabo", pelo venezuelano Juan Pablo Pérez Alfonso, traz para uma região. Seja pelos investimentos em saúde, segurança e geração de empregos que uma região tem que efetuar em função do petróleo ou transporte, logística e o risco da possibilidade de desastres ambientais

O Brasil tem enormes problemas sociais para serem resolvidos. Sem dúvida. E esta "crise" serve para acordarmos e ver que o Brasil vai muito além da Região Sudeste. Temos um país continental e assim deve ser pensado. A partilha das novas descobertas do "Pré-Sal" assim já foram pensadas. Porém mudar regras da atual partilha, mudar as regras do jogo no meio do jogo, é mais do que tungar o Rio de Janeiro. É abalar a credibilidade do Brasil no cenário internacional. Ela reforça a tese da falta de seriedade e confiança jurídica do Brasil. E a Câmara mais uma vez se mostrou aliada ao atraso e ao populismo.

A postura não deve ser beligerante, mas de sabedoria. Mesmo porque querer falar grosso em ano eleitoral é complicado e pode ser desastroso e burro. O movimento deve ser de inteligência. E não de jogar o Brasil contra o Rio e vice versa. Pede inteligência que isto não seja utilizado de forma eleitoreira pelo "eixo PSDB" para entrar nos grotões onde hoje não entra, seja pelo eixo "Lula" que adora jogar pobres contra ricos, coitadinhos contra poderosos etc e tal. Ou seja, movimentos bruscos podem causar mais problemas que soluções. Apelemos para a inteligência e discernimento e não arroubos juvenis. Interlocutores cariocas deveriam procurar Dilma, Serra, Marina e Ciro e garantir deles um compromisso público de não mexer no jogo em curso. Dos quatro. Para que isto não seja usado de forma eleitoral. Nem no Rio de Janeiro ou lá nos grotões.

O Brasil é um só. O Rio é o resumo do Brasil. Esta postura irresponsável e eleitoreira da Câmara atrapalha muito mais o Brasil do que ajuda. Tentaram bater a carteira do Rio, mas se passar pelo Senado ou não tiver o veto do Presidente Lula, quem será roubado é o Brasil e a credibilidade de um País.

Guto Graça

Trânsito, como o carioca vê

Dando sequência as pesquisas realizadas no correr de março e abril, pelo DataRio sobre o Rio de Janeiro e os Cariocas, o assunto abordado na semana foi: trânsito. Conversei hoje pela manhã com o Boechat e Rodolfo Schneider na BandNews sobre este nosso convívio com o tráfego diário. Sempre que falo "trânsito" para citar tráfego, lembro do meu Professor de Português, Fernando Gonçalves, "quem trasita é pedestre, carro trafega", faço a licença e subverto um pouco em nome de não parecer pernóstico. Bem, a pesquisa? O que mostra? Que o trânsito, outrora um problema silencioso, ganhou ares de problemão e entrou na cesta de reclamações do carioca. Podemos ainda estar longe do caos paulistano, afinal, mais que ter o dobro da população na região metropolitana, São Paulo tem hoje o triplo da frota de carros. Cerca de 6 milhões, ao passo que o Rio tem quase 2 milhões. Já o Metrô do Rio, que num passado recente era chamado até de elitista, e elogiado na sua qualidade e eficiência, tem seu momento de percepção negativa. Ok, vamos aguardar a chegada dos novos trens comprados na China. Tal qual a piada do bode na sala, vamos achar uma maravilha o Metrô. Basta ter paciência. E que paciência. Ou enquanto não chegam os novos vagões, usar o carro, aumentando ainda mais os engarrafamentos.
Mobilidade urbana é hoje sim um problema sério que surge a ser resolvido numa Cidade que se habilita a receber grande eventos internacionais.


O Sr(a) está satisfeito com a mobilidade urbana, isto é, o deslocamento, o ir e vir, na Cidade do Rio de Janeiro?

NADA SATISFEITO 64%

SATISFEITO EM PARTE 12%

BASTANTE SATISFEITO 10%

NS/NQO 14%


Dentre estas opções, independente do Sr(a) ser usuário do serviço ou não, mas na sua percepção, quem tem apresentado o pior atendimento as necessidades da população no transporte?

ÔNIBUS 11%

METRÔ 26%

SUPERVIA(Trens) 07%

BARCAS S/A 10%

TODAS 36%

Não acho que os serviços estão ruins 02%

NS/NQO 08%



Na sua percepção HOJE trânsito está pior ou melhor que nos últimos anos?
MUITO PIOR 21%

PIOR 37%

IGUAL 16%

MELHOR 09%

MUITO MELHOR 03%

NS/NQO 14%



PESQUISA DE OPNIAO PUBLICA SOBRE
A PERCEPÇÃO DA MOBILIDADE URBANA

Objetivo:
Levantar junto a eleitores da área de estudo
a percepção da mobilidade urbana no Rio de Janeiro.

Local:
Município do Rio de Janeiro
Período do Campo:
10 e 11 de março de 2010
Universo: 435 entrevistas
A pesquisa foi realizada junto a eleitores com
16 anos ou mais da área de estudo


domingo, 14 de março de 2010

Moda

Um pedido de minha filha, para trazer roupas de uma determinada loja, que eu desconhecia a existência, me fez, após as compras, buscar conhecer um pouco da mesma. A loja é a Forever21. Uma loja de roupas, principalmente feminina, mas de roupas urbanas, descoladinhas e sobretudo muito baratas. O que a GAP, apesar de mais básica, foi um dia. E o que H&M e Zara tentam ainda ser. Mas, o que me chamou atenção de verdade foi na Times Square, onde um dia reinou a Virgin, encontra-se a loja de roupas. Fui conhecer um pouco mais de uma loja, que o dono é um oriental, Don Chang, evangélico fervoroso, a ponto de exibir na parte de baixo das sacolas "John 3:16" em alusão a passagem bíblica. E para ele tem dado muito certo a fé e as lojas. A Forever21 vem pegando excelentes pontos comerciais em Manhattan, apesar do mais marcante ser o ainda não aberto, mas já com placas, na Times Square, aquele que um dia foi da Virgin. Enfim, lojas cheias, consumidoras ávidas e compas num clima de Natal em março.