sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Copacabana
Copacabana é minha Manhattan torta.
As identidades colocadas no balcão - um ícone de botequim no Rio de Janeiro. Uma espécie de "achados e perdidos" informal.
Documents (ID Cards) set out, placed at checkout , a kind of unofficial "lost and found". Rio de Janeiro "botequim" icon.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Verde que te quero Rio
Existe algo que nós cariocas as vezes não reparamos : o verde do Rio. Na verdade a quantidade de tons de verde.
E me lembrei de Lorca, da liberdade e de uma canção de Victor Manuel.
"Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas."
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Carioca e não gringo
Eu já fui abordado por insano na rua alegando que eu era "um X-Men disfarçado".Já dei autógrafo para uma turista brasileira que insistia que eu era "alguém bem famoso que ela não sabia quem era"(ok, eu estava de chapéu Panamá e um terno claro, praticamente ultrapassando a fronteira do estilo e se inserindo na fantasia).E já tive uma namorada famosa e ocasional(a fama e o namoro) que reclamava que as pessoas olhavam mais pra mim que para ela quando a gente saía.(Provavelmente em função de meu "uniforme" camiseta preta+calça jeans+óculos escuros). Mas nada incomoda mais a um carioca que ser abordado por vendedores para turistas. Isto não é de hoje, mas hoje foi realmente o limite.
Hoje numa caminhada por Copacabana, vendedores de kanga vieram falar comigo em inglês. Prostitutas em frente ao Othon -"du iú laike, prince". Escultores de castelos de areia. E até mesmo um vendedor de cerveja que tentou me vender uma Skol em todos os idiomas que ele conhecia. Terminando com um "A Birra tá Freda pode confiare".Provavelmente aprendeu italiano com as novelas do Benedito Ruy Barbosa. A mulher do passeio de barco vindo falar comigo em inglês, alemão e tentando arranhar o russo, ouviu de mim. "Doce, eu vou de barco pras Cagarras desde os 6 anos, caraio". E rimos sonoramente juntos.
Para um carioca. Nascido e criado no Rio. Para um carioca que teve avô dirigente de clube de futebol. Para um carioca que foi dirigente de clube de futebol. Incomoda esta confusão. Para um carioca que roda esta Cidade da Zona Norte a Zona Sul. Para quem teve pai com placa de homenagem em quadra de escola de samba, ser confundido com esta freqüência com não brasileiros, incomoda tanto quanto ter a caixa de e-mails lotados de spams convidando você para uma Micareta, para a liquidação da Toulon ou da Taco, ou então uma promoção de hotel em Iguaba ou Praia Grande. Coisas que ofendem quando a gente recebe.
E no dia do Padroeiro, um agradecimento por ter nascido e por viver aqui.
Eu te amo, meu Rio de Janeiro a Dezembro.
Hoje numa caminhada por Copacabana, vendedores de kanga vieram falar comigo em inglês. Prostitutas em frente ao Othon -"du iú laike, prince". Escultores de castelos de areia. E até mesmo um vendedor de cerveja que tentou me vender uma Skol em todos os idiomas que ele conhecia. Terminando com um "A Birra tá Freda pode confiare".Provavelmente aprendeu italiano com as novelas do Benedito Ruy Barbosa. A mulher do passeio de barco vindo falar comigo em inglês, alemão e tentando arranhar o russo, ouviu de mim. "Doce, eu vou de barco pras Cagarras desde os 6 anos, caraio". E rimos sonoramente juntos.
Para um carioca. Nascido e criado no Rio. Para um carioca que teve avô dirigente de clube de futebol. Para um carioca que foi dirigente de clube de futebol. Incomoda esta confusão. Para um carioca que roda esta Cidade da Zona Norte a Zona Sul. Para quem teve pai com placa de homenagem em quadra de escola de samba, ser confundido com esta freqüência com não brasileiros, incomoda tanto quanto ter a caixa de e-mails lotados de spams convidando você para uma Micareta, para a liquidação da Toulon ou da Taco, ou então uma promoção de hotel em Iguaba ou Praia Grande. Coisas que ofendem quando a gente recebe.
E no dia do Padroeiro, um agradecimento por ter nascido e por viver aqui.
Eu te amo, meu Rio de Janeiro a Dezembro.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Não vender ingressos em dia de jogos no Maracanã
Eis uma boa idéia. Quem organiza eventos de grande porte sabe do trabalho que isto gera. Controlar acesso e venda de bilheteria. Além do desconforto e tumulto para o público. Mas é importante ter inteligência e sensibilidade. E soluções. Criar locais que estejam abertos e com segurança.
Além de mecanismos para a compra antecipada, é claro.
Quando organizei o Campeonato em 2004 recebia uma chuva de e-mails solicitando ingressos. E de todo o Brasil.
Cada dia que passa caminhamos para uma "primeiro mundização" e a venda antecipada é um fato. Assim como a não presença dos nossos tradicionais repórteres de campo. Que na Europa só encontram os atletas escolhidos na sala de imprensa.
Em resumo, uma "primeiro mundização" por si só, nem sempre é uma boa notícia. É necessário adaptar as medidas as nossas realidades. As nossas reais necessidades.
Fui domingo ao Maracanã ver o Flamengo. E, mesmo sendo um defensor da "não venda de ingressos no estádio no dia do jogo", foi correta a decisão de abrir a bilheteria no dia. A idéia é boa, mas faltou comunicação ao fato.E entenda comunicação como Imprensa e publicidade paga propriamente dita.
Vi mais de 5 mil pessoas sem ingresso querendo comprar, querendo ir ao jogo. Muitos deles turistas. E no fim, entraram.
O resultado? O maior público da rodada no Brasil. Apesar de ser ainda uma "pré temporada" esta abertura dos Regionais, de muitas estrelas não estarem em campo, de ter feito um maravilhoso dia de sol, quase 40 graus, mais de 17 mil pessoas estavam lá.
Em campo não se tem nada para falar do jogo. Apenas o placar: Flamengo 3 a 2 no Duque de Caxias.
Além de mecanismos para a compra antecipada, é claro.
Quando organizei o Campeonato em 2004 recebia uma chuva de e-mails solicitando ingressos. E de todo o Brasil.
Cada dia que passa caminhamos para uma "primeiro mundização" e a venda antecipada é um fato. Assim como a não presença dos nossos tradicionais repórteres de campo. Que na Europa só encontram os atletas escolhidos na sala de imprensa.
Em resumo, uma "primeiro mundização" por si só, nem sempre é uma boa notícia. É necessário adaptar as medidas as nossas realidades. As nossas reais necessidades.
Fui domingo ao Maracanã ver o Flamengo. E, mesmo sendo um defensor da "não venda de ingressos no estádio no dia do jogo", foi correta a decisão de abrir a bilheteria no dia. A idéia é boa, mas faltou comunicação ao fato.E entenda comunicação como Imprensa e publicidade paga propriamente dita.
Vi mais de 5 mil pessoas sem ingresso querendo comprar, querendo ir ao jogo. Muitos deles turistas. E no fim, entraram.
O resultado? O maior público da rodada no Brasil. Apesar de ser ainda uma "pré temporada" esta abertura dos Regionais, de muitas estrelas não estarem em campo, de ter feito um maravilhoso dia de sol, quase 40 graus, mais de 17 mil pessoas estavam lá.
Em campo não se tem nada para falar do jogo. Apenas o placar: Flamengo 3 a 2 no Duque de Caxias.
Problemas de comunicação
Para celebrar as dificuldades de comunicação, pensei num post que traduzisse isto. E me lembrei da Velha Surda da Praça da Alegria/Praça é Nossa. O escracho do humor popular. Aqui indo além do tradicional "bordão". Roni Rios com uma personagem caricata, sempre igual e ainda assim engraçada.
Aqui como uma forma de ilustrar a dificuldade de comunicação entre as pessoas.
Aqui como uma forma de ilustrar a dificuldade de comunicação entre as pessoas.
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