sábado, 12 de janeiro de 2008

Para não dizer que não falei da Piauí

A matéria sensacional escrita pela Daniela Pinheiro na Piauí é sensacional. Nesta definição superlativa o "retrato" de uma grande personalidade da história recente de nosso País, Zé Dirceu, vira quase uma aula de bom jornalismo.
Faz a gente pensar numa coisa:
O que faz uma revista com menos de 50 mil exemplares, como a Piauí, conseguir fazer uma entrevista/matéria tão interessante e as semanais como Veja, Época e Istoé com tiragens nacionais não conseguirem?

Maldade da Imprensa - Chamada do O Globo de sábado

A chamada de capa do jornal O globo de hoje é de uma maldade que nem o pessoal do "Casseta e Planeta" fez.
Estampou
"DEPUTADO PICCIANI NA CADEIA"
e em seguida falava "O deputado Jorge Picciani foi visitar a delegacia legal..."

Mas que teve muita gente rindo da maldade, ah se teve.

Búzios - uma cidade mineira

A quantidade de camisas do Atlético/Galo e Cruzeiro denunciam. O sotaque nas ruas e as vestimentas idem. Depois de tomar Cabo Frio-é estimado que 30% dos imóveis de veraneio em Cabo Frio sejam do povo das Alterosas, agora os mineiros avançaram sobre Búzios. E ganharam dos argentinos. Só faltou ver o Governador Aécio Neves. Mas como Aécio anda cada dia mais carioca, ele não fez este programa de mineiro, ir a Búzios.

Vi Búzios quando criança como um quase paraíso de pouca estrutura e muita natureza. Depois o momento que “bombou” como um lugar in, depois a visível decadência com a popularização – lotacão, poluição e todos os “ão” ruins. Em breve a caminho de se transformar em mais um "ão" .Na filial de um Piscinão. Com sotaque cada dia menos carioca.

Pés limpos - a nova onda carioca


Tudo começou em São Paulo com um bar que se referia ao Rio, o Pirajá. E era bem mais interessante e temático que os filhotes cariocas que parecem quase renegar a carioquice que o bar paulista procurava exalar. E que fazia de forma natural. Era uma embaixada do Rio em SP. Hoje no Rio existe um em cada esquina. Os bares pés limpos. É a cor verde horrorosa do Belmonte. A boa cerveja do Devassa. O cheiro de gordura do Informal e uma série de outros genéricos. A verdade é que isto parece ter origem no fato da night, boates, terem sido tomada de assalto pelas adolescentes. Assim, o público ainda não “Tiozão” para ficar com o copo de uísque na mão, acabou lotando os “Pés limpos”. E como ainda servem “drinks” as "wannabe new yorker girl" que acham chique pedir drink, lotam achando que assim participam do “Sex and the City”. Ou seja, os pés limpos vieram mesmo para ficar. E acabam por fazer uma interessante dispersão dos points antes chamados de “baixos”, evitando uma superlotação de idiotas por metro quadrado em busca de chopp mal tirado. Pede uma cerveja uns pastéis e aproveita esta difusão da cultura “Baixo Gávea”.

Carnaval e Crminalidade

A verdade é que quando a criminalidade interessa a mídia no sentido amplo e econômico, como produto, pouco ou nada se faz. Pouco adianta o interesse do jornalista em apurar. O convívio das escolas de samba com o lado não muito legal existe faz tempo. E como samba rende votos e gera recursos, inclusive o Desfile nas TVs, um produto bem estabelecido, nada se faz ou fará. Cabe a imprensa noticiar, apurar e ficar esperando a matéria sair das páginas e ter a certeza de que nada é ou será feito. O convívio das escolas de samba com o lado duvidoso, acabou sendo aceito pelo capital e e pelo sistema vigente e assim, a vista grossa é encarada como aceitável.

E os blocos de Carnaval de rua, que hoje viraram um negócio. E não tem nada de inocente como os blocos do passado. Hoje devem ser encarados como atividade comercial. E assim terem a observação da lei.