O silêncio gritante de todas nossas lideranças, não só políticas, como artísticas, por exemplo, mostra que o momento que estamos a viver não é tão simples como ondas anteriores. O foco no Brasil é global. A cena mudou. A pressão internacional tenderá a apoiar as reivindicações por transparência da sociedade brasileira. Nunca fui otimista. Mas desta vez é inexorável. Os setores não estão organizados e agrupados para possibilitar a negociação com lideranças. Entendendo lado transparente e lado nebuloso da palavra "negociar". Os atores sociais estão difusos e não se agruparam por ideologia. Cor. Raça. Partido. Tendência. E são pragmáticos no sentido de atos. Apareceram no meio do difuso, reivindicações capazes de manter o povo nas ruas. A negociação é apenas uma: ceder. Implementar as mudanças dentro do quadro legal. Foi uma clara rejeição ao poder constituído. Não é uma crise institucional. Mas uma crise de legitimidade. Um recall. E o acesso da nova classe média. Quem achava que ela se contentaria em colocar a tv de plasma na parede e achar que a vida melhorou. Ela entendeu que é ator social. Paga impostos. Não recebe óbulo. Aquilo é seu por direito. Enfim a Sociedade decretou seu divórico com a estrutura de poder vigente representada pela forma de ser tratada. Os que decaíram, por crise e pelo óbvio. Os que ascenderam, por compreender que aquilo lhe havia sido negado e que agora quer o que tem direito, quer mais.
Agora viveremos período de povo na rua. Inevitavelmente algum ato extremado por algum lado. Mentalizo positivamente para estar errado e que não exista este ato extremado. Foco internacional. Ocupações. Só que detsa vez algumas mudanças serão implementadas antes da saturação. Quem sabe um post profético? Quem sabe uma decepção?
A foto deste post é um mural do Niemeyer que ilustra a Participação Popular. E ele é projetado para "ser inacabado" passando a mensagem que a Participação Popular deve ser contínua. Não pára.
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