Diante da força da bandidagem, pois o que Cidades como Rio e São Paulo vivem está além de chamar de violência urbana, os mais simplistas, sempre pedem a presença do exército nas ruas.
Dizer não com reservas a esta presença não se trata de nenhum sentimento anti-militar, ou desrespeitoso com nossas Forças Armadas.
O ser humano tende a desejar repetir experiências bem sucedidas. E a presença do Exército durante da Rio-92(Eco92 Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente) foi um sucesso que parece ter deixado saudade.
O fato é que a história não se repete e vivíamos um momento diferente nestes mais de 15 anos.
Hoje o poder paralelo da bandidagem não é localizado a uma única atividade. Mesmo se acabasse com o tráfico, as ramificações do crime seriam mutáveis. A bandidagem, que alguns chamam de violência urbana, ocupou o papel do Estado nas comunidades. Legislam. Cobram. Julgam. Executam. Este último verbo conjugado nos amplos sentidos.
Se por mágica acabasse o consumo e a entrada de entorpecentes no Rio de Janeiro, o poder paralelo da bandidagem estaria habilitado a novas formas de ser exercido. Não acabaria nem de longe a violência urbana. Ela existe no vácuo do estado omisso.
E a ocupação do exército, colocando jovens bem treinados próximos a este poder paralelo pode servir para militarizar esta bandidagem. Um risco previsível para qualquer pessoa que veja dois dias na frente.
Porém atribuir culpa direta ao Senador Marcelo Crivella no caso do Morro da Providência é uma maldade. O projeto Cimento Social busca diminuir a omissão deste Estado tão omisso nas comunidades que acabou criando uma filial do Brasil. O Brasil aonde o Lula é amado. O Cabral é conhecido. O César é visto de forma simpática, mas o respeitado mesmo é o "dono da comunidade".
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