Um café entre irmãos. Com cigarros apagados. Em menos de uma hora, toda uma vida passada a limpo. Com julgamentos e absolvições expressas. Sem condenações, apenas o tempo como senhor da razão.
Meu café amargo, como sempre foi. Menos doce. Menos indulgente. No café do irmão mais velho, a candura de quem realmente é forte na doçura. Eu, no meu egoísmo vejo que penso demais nas pessoas. Não é egoísmo, é arrogância de querer proteger. Prepotência.
Mas hoje, dia de combate ao fumo, data sugestiva para o encontro ao acaso. Que meio sem sentido, meu de anjos soltos. E alguém que hoje teve um descanso merecido. Completamente perdoado como ele sempre queria. Por ser apenas um ser, daqueles tolos. Românticos. Intempestivos. Com hombridade, mas lamuriamente, apaixonado. Um perdão por escrito. Sem necessidade do juridiquês presente no DNA dos envolvidos, embora um renegue.
Finalmente, oramos um Kadish com muito atraso.
Paz.
Que celebra a vida.
E o brinde com café e cigarros não acesos foi mais que perfeito.
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