segunda-feira, 14 de março de 2011

Para notar


Sou da geração que pegou a migração do Vinil para o CD. A exata geração que conviveu por completo com as duas mídias. As bolachas de vinil e suas obras de arte nas capas e a modernidade do recém chegado CD.

Ou seja, fui a geração da Vitrola Laranja da Philips - que todo mundo teve e fui uma das primeiras pessoas a ter um "Disc Man" da Sony. Que quando ia na loja de disco pensava se compraria o CD ou o LP. Um momento único. E fomos vendo o LP desaparecendo e o CD tomando seu espaço. Muito antes do I tunes.

Impressionante como a multiplicidade de canais de divulgação e velocidade de distribuição, por exemplo, tem tirado o peso que existia no "Album". E devido a modificações tecnológicas, CD, DVD, mp3 etc e tal, até mesmos os Albuns clássicos do passado sofrem nossa edição nos play lists. Assim o trabalho por completo do artista, sofre a interferência do público. Antes que alguém curto de pensamento fale das fitas K7, claro antes tinham as fitas K7, mas era outra história, dava bem mais trabalho e eram mais marcantes de momentos, eram talvez até mais dedicadas e carinhosas, os play lists são bem mais fáceis e higiênicos de se fazer. Fazemos de reflexo.

Sem dúvida o impacto, o "peso" autoral que o Album tinha foi diluído.

2 comentários:

Kadin disse...

Guto,

Isto me lembrou meu "minuto de silêncio" quando minha mãe,junto com algumas correspondências, veio com uma caixa do meu discman que havia ficado na casa delaquando me mudei.Lógico...
Quando ela me mostrou, não sabia o que dizer, e nem o que fazer com aquilo.
Ainda não sei se meu minuto de silêncio foi por surpresa, por falta de resposta a ela, ou por respeito a um ente querido que havia falecido...
bjs, Kadin

gutograca disse...

K,
As coisas duram menos hoje em dia mesmo. Os LPs sobreviveram muitas décadas, o CD foi dos anos 80 até agora. E tome MP3 e Ipod, bjs GG