O assassinato de uma criança gera uma comoção. É um fato. O empacotamento porém que a mídia está dando ao julgamento da menina Isabela, parece dar toques macabros, cafonas e vazios ao mesmo tempo. Como se assim resumisse a atual sociedade que vivemos.
Pouco vejo TV aberta além dos noticiários (as vezes um pouco da teledramaturgia). Não sinto falta. Não acho pedante ou intelectual desprezar a produção mass media de baixa qualidade que hoje se transformou a TV aberta com o Big Brother e similares. Mas os noticiários ainda estavam "menos Classe C." O caso Isabela transformou o noticiário em um programa da Sônia Abraão ou Nelson Rubens. Uma "Bigbrotherização" da TV. E isto vale para a TV fechada. Helicópteros acompanhando o trajeto dos Nardoni rumo ao julgamento. Ontem e hoje. Parecia uma tentativa de transformar em espetáculo. Sem sentido e sem razão. A cobertura jornalística vira um imenso programa de auditório.
terça-feira, 23 de março de 2010
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