quinta-feira, 12 de maio de 2016

Fim

Votei na Dilma. As duas vezes. Na segunda, mesmo com o prenúncio de um Governo horroroso, ainda assim, ao olhar as opções laterais, confirmei. Sem medo do PT, do Temer e de quem mais fosse, o voto na Dilma.

Agora, ela , em especial neste segundo mandato, foi inepta, inapta, incompetente...Fato.
Se distanciou do público. (E olha que até aquela classe média que vota no Alckmin , teve momento no primeiro mandato de aprová-la. Coisa que Lula jamais conseguiu.)

Se distanciou do Partido o qual nunca pertenceu de fato. E quem conhece um partido com diversas correntes, Dilma conseguiu se afastar das mais fisiológicas, escrotas e abjetas e das mais coerentes dentro do pensamento progressista.

Se distanciou da classe política. Eu sei que para você eles não valem nada. Pode ser. Mas numa democracia representativa, não tem jeito. Ou conversa. Ou não governa.

Sim, Dilma sofreu eventuais ataques claros de misoginia. Não que fosse desculpa para erros, mas apuramos diversas matérias que ela sofreu este tipo de ataque. Assim como Angela Merkel. Mas novamente, para os erros de condução em projetos estruturantes, não se pode usar o preconceito que ela sofreu como desculpa.

Todos os Presidentes do Brasil passam por um TERCEIRO TURNO PARLAMENTAR. Foi assim com Collor. Com FHC. Com Lula. Errado ou certo, nossa legislação permite este "Recall Indireto". Onde o Congresso faz um julgamento POLÍTICO com BASE NA QUESTAO DA ECONOMIA E DO APELO POPULAR(momento). Uma anomalia - a Lei que se aplica por vontade política. Mas é a regra deste jogo bruto.

Fui contra Dilma sair sem um crime de fato. (Ok, entendo toda a questão das "Pedaladas", vejo as mesmas como erro. Sem dúvida. Mas não consigo ver como um crime de colocar um presidente para a rua. Não foi crime, foi "manobra fiscal". Quase uma "contravenção" como um "crime anão". Não precisa que ninguém pegue um texto jurídico e comece o debate. Venho de uma família de 4 advogados em casa. Tudo era debate. Tudo era dialética "chata pra caraio" na tentativa de convencer uns aos outros. Com argumentos ora técnicos, ora sofismas. Não era argumento para afasta-la. Por este motivo puro e simples? Não. Não era motivo. Mas , não foi "golpe". Foi "manobra parlamentar".





Enfim, Dilma caiu por incompetência. Talvez uma incompetência maior em nadar com os tubarões, em SER PRESIDENTE DE FATO, do que os erros na condução econômica.

Lembrei de uma frase que meu pai dizia que era do René Lacoste. "Torça para que o sucesso venha no momento que você está preparado, se não pode ser sua ruína." Uma verdade inconveniente : Dilma nunca esteve preparada para sentar naquela cadeira.

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