Já faz tempo que a imprensa deixou de "vender" informação ou até mesmo opinião. A imprensa hoje vende influência.
A manchete principal de O Globo de hoje mostra uma imprensa mais preocupada em ser farol de uma sociedade que seu espelho. O desejo de chamar para si um papel de bastiã da moral ultrapassa limites quando pré julga o que acha correto. Se comporta acima da Lei ou do Ministério Público. Ou talvez, até mesmo, acima da Sociedade que ela deveria refletir.
O destaque dado, com chamada de capa, para a possibilidade da legalização dos Bingos no Brasil acaba dando um destaque desmedido para um debate que pouco importa a sociedade.
Como se a imprensa ou um orgão resolvesse pautar a sociedade. Criar a agenda da sociedade. Escolher o que ela deve desejar debater.
Em alguns casos, quando se joga determinado debate a luz de forma precipitada, não se traz transparência, como deveria, acaba por funcionar como um farol alto numa noite de neblina, não fica as claras, cega a visão de quem quer ver os fatos de verdade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Guto Graça, parabéns pelo brilhante post de hoje. Você foi justíssimo. O mercado de jogos no Brasil é vítima da hipocrisia da imprensa e do poder público, que contaminam parte da sociedade. Os atores políticos ao invés de ficarem onerando o trabalhador e o empresário brasileiros com impostos exorbitantes, beneficiando agentes públicos com propinas originárias dos jogos clandestinos, deveriam discutir com a sociedade, a possibilidade de regulamentação desta atividade.
Se os Estados, através de suas Loterias Estaduais ou a União, através da Caixa Econômica Federal estivessem controlando estas atividades lotéricas, certamente bingos e caça-níqueis não seriam caso de Polícia, mas sim significativa fonte de receita para investimentos sociais bem como importante instrumento de geração de empregos, como registrado nos sete países mais ricos do mundo - Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá – onde o jogo é totalmente liberado e regulamentado pelo Estado.
E não venham com esta história da proibir, pois toda proibição é discutível e quase sempre inútil, pois nada resolve, como não resolveu nos Estados Unidos, a proibição de fabricação e comércio de bebidas alcoólicas com a edição da Lei Seca. A proibição do jogo de azar no Brasil também não resolveu o problema do nosso centenário jogo do bicho. O poder público e a sociedade devem pensar bem antes de transformar as boas intenções dos honrados cidadãos em novos negócios para o crime organizado. Quem quiser jogar e apostar, e não puder fazê-lo de acordo com a lei, irá buscá-lo no mercado negro ou até mesmo na Internet. Haverá sempre um empreendedor, como foi Al Capone, para dar à sociedade o que a sociedade quiser.
Magno José
Deixem os velinhos jogarem seu bingo em paz. Tô com vc. bjks Marcia
Vc por acaso notou que foi apenas o Globo que estampou na primeira página? Deixem os velhinhos jogarem seu bingo, mas eu também sou contra as meaquinas, aquilo ali é como o nome diz, caça-níquel.
Magoo,
Jogo pode ser bem explorado e render impostos, diversão saudável e empregos. Ou deixarem na ilegalidade e só ganhar os que exploram. Abs, GG
Postar um comentário