Lembro claramente em uma aula de arte, cercado de pretensiosos, ter falado que considerava Salvador Dalí um grande marketeiro e ilustrador, que acreditava piamente que Norman Rockwell tinha muito mais sensibilidade no que retratava. Era um cronista visual de rara sensibilidade e dono de um traço genial.
Não é preciso dizer que fui fuzilado. Os "pretensos gênios" consideravam Rockwell um ilustrador de segunda. Passado o tempo, vejo que Rockwell foi inserido na cultura pop e hoje é reverenciado por muita gente boa.
E na galeria de gênios da arte simples, sem ser simplória, colocaria um outro nome. O peruano radicado nos Estados Unidos, Alberto Vargas, que nasceu no século XIX e morreu na década de oitenta passada. Aquela década dos yuppies cafonas, do penalti perdido pelo Zico e dos ternos de ombreira.
Quem gosta de mulher bonita, sabe que as Pin Ups de Vargas e de diversos outros artistas, não povoaram apenas a imaginação de nossos pais e avós, mas continuam a despertar nossa admiração e, assumidamente, desejo. Sejam em calendários na Playboy, Esquire ou Harper's Bazaar.
Vargas, Crepax e Manara são gênios da cultura pop que no futuro serão reverenciados com o respeito que se tem a um Goya por sua Maya Desnuda.
A Drunna de Serpieri é um caso que merece também a entrada na galeria das mulheres perfeitas assim como diversas de Manara e a inesquecível Valentina.
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