sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
13 anos se passaram
1994 foi um ano ruim.
Parodiei Fante com seu "1933 foi um ano ruim".
O ano ruim o qual me refiro é o dia 8 de dezembro de 1994.
O dia da morte de Antonio Carlos Jobim.
Me lembro dele pela Plataforma, sempre com paciência para os chatos tietes.
Charuto, chapéu e roupa clara.
Mesmo reverenciado com a palavra, Maestro, se comportava como se fosse um velho conhecido.
Jobim, com sua simplicidade, não forçada, mas natural, encantava.
A genialidade de Tom, dispensa comentários. Jobim pode ser comparado a um Cole Porter, um Gershwin.
Não temos que gostar de Jobim pela obrigação nacionalista. Pelo fato de sermos brasileiros. Nem mesmo pelas referências em verde e amarelo na sua música. Ou pela sua carioquice exposta. Também não precisamos gostar pelo saudosismo e lembrança de uma época em que o Brasil era um país de futuro e que o Rio de Janeiro era uma Cidade naiff e extremamente feliz. Gostamos de Jobim por ser naturalmente bom. Naturalmente eterno.
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